Brasil

Ney Suassuna toma posse na Academia Brasileira de Belas Artes lembrando influência do pai Raimundo na formação


14/11/2023

O executivo, escritor e artista plástico Ney Suassuna assumiu a condição de novo Acadêmico de Honra da Academia Brasileira de Belas Artes na Cadeira de Grau 28 tendo como Patrono José Maria de Medeiros no qual em pronunciamento destacou a influência do seu pai, professor Raimundo Suassuna.

No pronunciamento abordadandp o tema “Sob a luz dos candeeiros”, ele lembrou que “as Histórias sobre literatura, artes plásticas e brasilidade sempre foram assuntos obrigatórios nos encontros de família. Estão no nosso DNA. Eu, por exemplo, sou filho de um professor, poeta e escritor, que reservava os momentos de paz para pintar. Segui pelo mesmo caminho de Raimundo Suassuna”.

Ele destacou : “Desde pequenos ouvimos passagens de quando ainda éramos Cavalcanti de Albuquerque. Por iniciativa de Francisco de Paula, o Capitão Suassuna, foi criada, em meados do século XVII, no interior de Pernambuco, a Academia Suassuna. Ali discutia se as injustiças da Colônia e o alvorecer de um novo tempo, trazido por ventos que sopravam da Europa. O governo colonial foi impiedoso, dissolvendo a Academia e punindo até com a pena de morte os seus idealizadores. Os filhos do Capitão tiveram que fugir para o Velho Mundo, mas voltaram letrados, formados, transformados em barões, parlamentares e ministros do Governo”.

E acrescentou : “Eram histórias que nos ensinavam a dar a volta por cima, com coragem e elegância. Ouvimos também histórias deliciosas de um velho parente que, no final do século XIX, adorava presentear uma tia-avó com pinturas em cerâmicas e pequenos quadros. Eram tão bonitos, que faziam os olhosbrilharem. Já bem velhinha, minha ela percebeu minha admiração e, embora tivesse ciúmes daqueles mimos, me deu um deles”.

Disse ainda que “Eram de Pedro Américo, pintor que ficaria famoso com as telas monumentais do “Grito do Ipiranga” e “Batalha do Avaf”, entre outras, patrono da cadeira no 24 da Academia Paraibana de Letras”.

Ney Suassuna explicou que “Nasceu ali o meu grande fascínio pelas artes plásticas. Anos depois, a imortalidade também abençoaria a genialidade de um primo, o escritor, poeta e dramaturgo, Ariano Suassuna, membro da Academia Brasileira de Letras”.

– Grandes exemplos nunca nos faltaram. Ao contrário, nos conduzem pelos caminhos das artes, como faço desde Campina Grande, na Paraíba, minha terra natal, onde ensinei desenho e pintura, práticas que também me ajudaram a iniciar a vida no magistrado, quando cheguei ao Rio de Janeiro (devo isso à irmandade do Sacre-Coeur de Mare); e sempre preencheram momentos de reflexão. Hoje, me enchem de alegria, quando recebo uma carta me comunicando ter sido eleito membro da Academia Brasileira de Belas Artes Estou muito feliz, de verde e amarelo”.



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