Política

Ministro do PSB intermediará audiência de Michel Temer com Ricardo

FERNANDO COELHO


03/11/2016

O ministro de Minas e Energias, Fernando Coelho Filho (PSB), esteve na sede da Energisa na manhã desta quinta-feira (3), quando  se reuniu com diretores da empresa e conheceu as inovações tecnológicas proporcionadas pela concessionária. Apesar da visita oficialmente não ter caráter político, o ministro comentou alguns assuntos que estão em alta, em especial a relação deteriorada entre o presidente Michel Temer (PMDB) com o governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) chegando ao ponto de negar audiência com o chefe do executivo paraibano.

“Eu tive que encurtar a minha visita à Paraíba porque às 16h30, horário de Brasília, eu tenho uma reunião com o presidente Michel Temer e nesse caso, antes ou depois da audiência, vou tratar desse assunto, dessa importância e me coloco à disposição, se for do interesse dele [do presidente], poder sentar o quanto antes. Eu não tenho a menor dúvida que irá o receber para atender os interesses do Estado”, comentou.

Fernando Coelho comentou também a hipótese de uma retaliação política feita por parte do presidente ao governador, uma vez que Ricardo sempre foi contrário ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e declarou em outras ocasiões que o governo Temer não teria legitimidade.

“Não acredito nisso. Vocês podem ver. Tem pessoas que compõem o nosso governo que até nem votaram no impeachment e fazem parte. O presidente está um pouco acima disso. Tem muitas pessoas que querem intrigar, faz parte do jogo político. Mas não cabe em uma relação governador-presidente este tipo de intriga”, finalizou.

Eleições 2018

Fernando Coelho disse que a legenda só deverá definir que posicionamento tomar em relação às eleições presidenciais de 2018 no ano que vem, quando o partido fará eleições internas. Ele admitiu que existem posições divergentes internamente, mas que o partido sempre soube conviver com tais pluralidades de pesamentos. Uma ala do PSB defende uma aliança com Geraldo Alckmin, do PSDB; outra, engrossada neste fim de semana pelo prefeito eleito em Recife, Geraldo Julio, defende que o partido lance candidatura própria.

“O partido sempre soube respeitar as posições divergentes dentro da legenda. Nós sempre fizemos esse debate de forma madura, seja após a morte de Eduardo Campos, seja no ano passado durante o início do processo eleitoral e nós vamos ter a oportunidade de fazer isso em 2017. A eleição do partido é em 2017 e nós sabemos que tem sessões do partido que tem preferência por nomes de A, B ou C e outros também que tem preferência por outros nomes e, em um ambiente oportuno, no momento adequado, nós vamos tratar sobre essa questão”, declarou.

Sobre a possibilidade de Ricardo Coutinho ser o nome escolhido em caso da tese de candidatura própria se sobrepor nas discussões internas, Fernando Coelho foi evasivo e disse apenas que tinha “boa relação” com o governador.

“O governador Ricardo Coutinho é uma pessoa que a gente tem uma boa relação. Enquanto estivemos no passado no governo federal, tivemos a oportunidade de ajudar o Estado da Paraíba e a gente mantém essa correlação, a gente sabe dessa opção política que foi feita e a gente respeita muito a posição de cada um, mas no fórum adequado, que é dentro do diretório nacional, da executiva nacional, no momento oportuno, que é 2017, quando o partido realizará as suas eleições internas visando a eleição de 2018”, afirmou.



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