A médica e pesquisadora Adriana Melo pediu apoio a população para reduzir o número de boatos em torno da microcefalia, propagados em redes sociais no Brasil. Informações falsas como a de que o larvicida que combate o mosquito poderia ser a causa da doença prejudicam o trabalho de equipes de controle do Aedes Aegypti, segundo a doutora.

Ela ressaltou que as pessoas devem atentar as fontes de notícias divulgadas, e apenas acreditar naquelas assinadas por profissionais da área médica, pesquisadores e especialistas.

Segundo a doutora, há a propagação de uma “teoria da conspiração”, que tem que ser rechaçada. “Peço para que as pessoas parem de compartilhar o que cientistas não publicam; sofremos muito com a história da vacina, essa teoria da conspiração. Pessoas inclusive não autorizavam o uso do larvicida em suas residências após esses boatos”, disse.

A dra. Adriana ainda salientou o papel da população no combate ao mosquito Aedes Aegypti. Segundo a médica, combater o transmissor é a melhor saída, pois ele é o único meio de propagação do vírus.

Pesquisas revelam que ao menos 80% dos focos de reprodução do Aedes Aegypti se encontram em propriedades particulares. “Claro que temos que ter ações do poder público por saneamento básico, além do acesso a saúde, mas a população precisa fazer a sua parte”.