Política

Luiz Couto adianta que manterá voto contra Temer no plenário da Câmara

NESTA QUARTA


02/08/2017



Na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) já votou favorável à autorização para que o Supremo Tribunal Federal investigue o presidente Michel Temer (PMDB). O resultado final da votação, contudo, foi contrário à admissibilidade e ao prosseguimento da denúncia, já que o peemedebista conseguiu a maioria dos votos. Nesta quarta-feira, o plenário da Câmara deve votar o parecer da CCJ e dar a palavra final, ou seja, se mantém o entendimento da maioria da CCJ de negar autorização ao STF para analisar a acusação de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria Geral da República contra Temer.

Nas redes sociais, Luiz Couto já adiantou como vai votar. Em um vídeo publicado em seu perfil do Facebook e do Twitter, ele manteve o entendimento de que o presidente deve ser investigado por causa do conteúdo das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista: "Minha posição é clara e cristalina. Votei contra todos os projetos que tiraram direitos dos trabalhadores e vou votar para que Temer seja processado. Sou pelo Fora, Temer; Fora, Maia; e Diretas já!".

O parecer da CCJ foi lido pela segunda-secretária da Câmara, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) nesta terça-feira, 1º. Já a notificação de Temer ficou sob responsabilidade do primeiro-secretário da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR).

Temer já foi notificado de que a Solicitação para Instauração de Processo (SIP) 1/17 será analisada pela Câmara nesta quarta-feira. Os procedimentos foram definidos durante o recesso parlamentar.

A condução dos trabalhos vai depender do quórum. A discussão só poderá ser encerrada com 257 deputados presentes no Plenário, enquanto a votação depende da presença de 342 deputados registrados.

Caso o Plenário siga o mesmo entendimento da CCJ, o caso será suspenso e só poderá ser analisado pela Justiça quando Temer deixar o cargo. Se o texto for rejeitado, fica o Supremo autorizado a analisar a denúncia.

Michel Temer foi denunciado ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva nas investigações decorrentes da delação de Joesley Batista, do grupo J&F.

Temer foi acusado de ser beneficiário dos recursos entregues pela empresa ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que havia sido assessor especial da Presidência da República. Conforme a Constituição, um eventual processo contra o presidente da República no Supremo, por crime comum, só pode ser aberto com aval de 2/3 dos deputados (342 do total de 513).



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