Economia & Negócios

Crédito imobiliário tem melhor semestre da história, com R$ 49,6 bilhões

Vendas


25/07/2013



 O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis atingiu R$ 49,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano, ante R$ 37 bilhões no mesmo período de 2012, com expansão de 34%, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Foi o melhor semestre da história do sistema brasileiro de poupança e empréstimo.

No segundo semestre do ano passado, o total ficou em R$ 45,8 bilhões. No acumulado de 12 meses até junho deste ano, os empréstimos imobiliários que utilizaram recursos da poupança aumentaram 19% em relação aos 12 meses anteriores, para R$ 95,3 bilhões.

Com o resultado, a Abecip mantém a projeção de crescimento do crédito de pelo meno 15% neste ano na comparação com o total de 2012 (R$ 82,8 bilhões –valor recorde, mas menor que o previsto; leia mais abaixo), para R$ 95,2 bilhões.

O motivo da alta no primeiro semestre do ano foi o volume "represado" no fim de 2012 e que acabou "desaguando" no início deste ano, afirma Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip. No ano passado, especialmente em São Paulo, principal mercado imobiliário do país, lançamentos de imóveis foram adiados pela demora na concessão de autorizações da prefeitura.

Para Lazari Jumior, a projeção de crescimento do crédito para este ano (pelo menos 15%) é saudável. "Não adianta a gente ter arroubos de crescimento de 40%, 50%, para depois experimentar quedas nos anos seguintes. Preferimos um crescimento menor, mas mais sustentável no longo prazo", diz.

Em junho, o volume de concessões cresceu 51%, para R$ 11,2 bilhões, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a maio, a alta foi de 15%.

IMÓVEIS FINANCIADOS

Ao todo, 244,7 mil imóveis foram financiados nos primeiros seis meses do ano, número 14% maior que as 214,3 mil unidades registradas no primeiro semestre de 2012.

A aquisição de um imóvel é um processo complexo cujo ponto de partida é o quanto se pode aplicar no negócio.

Há uma vasta gama de linhas oferecidas pelos grandes bancos de varejo e por empresas de menor porte, especializadas em financiamento imobiliário.

O investidor, antes de tudo, deve pesquisar e fazer contas, segundo especialistas ouvidos pela Folha.

"As parcelas não devem comprometer mais do que 30% da renda da família", diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, coordenador de estudos econômicos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).



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