Política
Anísio diz que decisão de Temer faz de José Maranhão o ‘Rei da Seca’ na PB
SECA COM O DNOCS
23/08/2016
A decisão do presidente interino Michel Temer (PMDB) de retirar dos governadores do Nordeste a execução de obras destinadas ao combate à seca para transferi-la ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão controlado predominantemente por peemedebistas, foi tema de um discurso duro do deputado Anísio Maia (PT), nesta terça-feira (23), na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). As críticas tiveram como foco central o senador José Maranhão (PMDB), presidente estadual do PMDB, chamado pelo petista como novo 'Rei da Seca'.
Durante sua fala, Anísio afirmou que era inadmissível transferir a execução das obras emergenciais da seca para o Dnocs, segundo ele, um órgão sucateado, com cerca de 1.500 funcionários, sendo que 1.100 em tempo de aposentadoria e 400 já próximos da idade de afastar do serviço público. “É uma grande manobra política com o PMDB ressuscitando a indústria da seca que foi uma coisa bastante combatida e o domínio dos coronéis, que antigamente gerenciavam essa industria com objetivos claros”, frisou.
Na sequência, o deputado disparou as suas críticas ao senador José Maranhão, que segundo ele, é padrinho político do novo coordenador regional do Dnocs na Paraíba. “Para o 'Rei da Seca', o senador José Maranhão, agora vai ser ótimo, ele vai mandar nas verbas, vai dizer para onde ela será direcionada, com muita gente pedindo favores. Esse é o único resultado dessa ação do interino Michel Temer, tirou do Estado que tinha toda a infraestrutura para execução das obras e colocou para um Dnocs sem poder algum”, frisou.
RICARDO VAI AO COMBATE
Anísio Maia ainda afirmou que o governador Ricardo Coutinho (PSB) mantém uma postura institucional em relação a decisão de Michel Temer, evitando o embate sobre o tema e cobrando apenas que as obras sejam realizadas. “Agora, logo logo ele vai ter que comprar essa briga, porque vão ficar os recursos lá [no Dnocs] sem ter como operar, sem ter como transferir, logo logo o povo vai começar a cobrar de um órgão que não vai poder fazer nada”, concluiu.
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