Política

WS: diante da comprovação de ‘farsa’ da Lava Jato, quem são os paraibanos da trama?

Em nova publicação, Walter Santos, comenta o suposto envolvimento de líderes políticos paraibanos no suposto 'golpe' contra Dilma e Lula.


13/06/2019



Em novo artigo publicado nesta quinta-feira (13), o multimídia e analista político Walter Santos comenta sobre a possível participação de líderes políticos da Paraíba no suposto ‘golpe’ que culminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No mesmo texto, ele revela sintonia dos atos com o que o ‘blefe’ da Operação Lava Jato, após o vazamento de conversas entre promotores e o ex-juiz federal Sérgio Moro, atual ministro do governo Jair Bolsonaro.


Confira a análise, na íntegra:

Comprovada a farsa na Lava Jato, como ficam os paraibanos responsáveis pelo Golpe contra Dilma Rousseff?

 

As últimas fases do Escândalo exposto ao Mundo pelo vazamento de trechos pelo The Intercept comprovando a armação criminosa do ex-juiz Sérgio Moro em conluio com o MPF a partir do procurador Dallagnol e o ministro Luiz Fux ainda vão dar muito o que contar e rever a partir da urgente necessidade de soltura de Lula, do reexame e anulação deste trecho da Lava Jato e eleições limpas diante da maior fraude eleitoral.

 

Mas, nesse jogo tramado nos EUA, precisamos rever a história e até admitir que alguns paraibanos foram parte do Golpe contra Lula, Dilma, etc.

 

A TESE E OS PERSONAGENS

Max Weber, um dos alemães tops da filosofia, costumava dizer que “a solução está na política, nunca fora dela”. Foi na política exatamente onde o Brasil, a Paraíba em particular, foram bombardeados pela grande mídia e líderes políticos, como o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que o PT havia introduzido a corrupção no País, algo não comprovado, e por vários crimes era indispensável afastar a então presidente Dilma Rousseff (PT).

 

A base da contestação do PSDB, vide Cássio, era de que Dilma cometera pedaladas avalizadas pelo TCU, que dispunha do ministro Vital Filho ex-aliado, consolidando a tese, mas que com o passar dos tempos ficou provado que tudo fora armação absurda afastando do cargo uma mulher honesta.

 

LAVA JATO PARTIDÁRIA

Todos os documentários existentes mostram o papel draconiano e injusto cometido por Cássio contra Dilma, depois avalizando tudo de Sérgio Moro, mesmo que tenha chegado a ele desdobramentos da Lava Jato, via Odebrecht.

 

Neste bojo contra Dilma, estão ainda o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), ex-líder de Dilma, mas que optou por aderir ao Golpe e ao ex-presidente Michel Temer (MDB) – este flagrado em diversos crimes de desvios de recursos.

 

Tem também o ex-deputado Manoel Júnior (Solidariedade), amigo pessoal do ex-presidente Temer e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, este último preso por corrupção comprovada.

 

A Lava Jato foi tão partidária que puniu Lula, Zé Dirceu, entre outros, sem provas, mas com aval do Supremo Tribunal Federal (STF), deixando soltos tucanos como Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, flagrados em desvios porque a essência de tudo era aniquilar o PT e Lula, algo que não conseguiram.

 

E AGORA, COMO FICA?


Os fatos gerados pelo The Intercept estão apenas começando a abalar a estrutura de poder, em Brasília, fragilizando o Governo Bolsonaro – este, a próxima peça do escândalo, assim como o STF, o MPF, entre outros, com a necessidade de punição exemplar.

 

Moro não tem mais condições morais de comandar o Ministério da Justiça porque, como provam os documentos, ele faltou à aula de Procedimentos Éticos porque se permitiu ser uma peça, e não juiz, de uma trama americana bancada pelo Capital. Precisa e vai ser afastado com as novas revelações.

 

Quanto aos paraibanos a história vai lhes inserir no devido lugar.



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