Wellington Dias (PT) tomou posse nesta quinta-feira (1º) assinando decreto de emergência nas áreas da saúde, educação, segurança pública, abastecimento de água e finanças. Além disso, o primeiro ato administrativo do novo governador foi dar posse ao secretário de governo Merlong Solano. A solenidade teve início às 8h30 na Assembleia Legislativa onde o Wellington e a vice-governadora Margareth Coelho fizeram o juramento e foram empossados pelo presidente da Alepi, Themístocles Sampaio.

No pronunciamento feito na Assembleia, Wellington voltou a falar sobre a crise econômica do estado e disse que irá pedir a imediata suspensão de contratos de obras e serviços para que seja feita uma auditoria nas contas do estado. Segundo ele, a dívida deixada pelo governo anterior soma mais de R$ 2,5 bilhões.

"A folha de pagamento estourou o limite prudencial de gastos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal e diante disso deixamos de receber recursos do governo federal. Vamos trabalhar fazendo a contenção de gastos, recuperação de crédito e suspender os contratos para fazer uma auditoria", disse.
Por volta das 9h30, Wellington Dias deixou a Assembleia Legislativa e seguiu para o Palácio de Karnak, sede oficial do governo, onde acontecerá a transmissão de cargo. O ex-governador Zé Filho (PMDB) não irá passar a faixa governamental e o ritual será feito pelo secretário de governo João Henrique de Almeida Sousa.

Perfil

Wellington Dias é eleito governador do Piauí pela terceira vez. A vitória marca o retorno do PT ao governo do Piauí após quatro anos. Em 2010, Wellington deixou o Palácio de Karnak para concorrer ao Senado.
Formado em Letras pela UFPI (1982) e especializado em Políticas Públicas e Governo pela UFRJ (1998), recentemente concluiu a especialização em Gestão Pública em Harvard. Como bancário, Wellington trabalhou no Banco do Nordeste do Brasil, Banco do Estado do Piauí e Caixa Econômica Federal, da qual é funcionário de carreira. A militância política começou em 1985, quando, aos 29 anos, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores.

Em 1992, foi eleito vereador de Teresina. Em 1994, elegeu-se deputado estadual e chegou à presidência do diretório regional do PT, onde ficou de 1995 a 1997. Em 1996, foi candidato a vice-prefeito de Teresina, na chapa de Nazareno Fonteles. Em 1998, foi o primeiro deputado federal eleito pelo PT no Piauí. No ano 2000, se candidatou a prefeito de Teresina junto com Francisca Trindade como companheira de chapa.

Em 2002, candidato ao governo do estado, Wellington foi eleito no primeiro turno pela coligação “A Vitória que o Povo Quer”. Em 2006 voltou a disputar o cargo no executivo estadual e foi reeleito com 61,7% do total, obtendo 266.579 votos a mais do que na sua primeira disputa para governador. Em 2010, Wellington se afastou do cargo para concorrer ao Senado Federal e foi eleito com 997.513 votos. No ano passado, tornou-se o líder do PT no Senado.