Paraíba

Vieira revela decisão de aderir ao PDVE da CEF e lucro do FUNCEF em 12%

EM PRIMEIRA MÃO


24/02/2017

O diretor-presidente da FUNCEF, Carlos Vieira, revelou nesta sexta-feira (24), que vai aderir ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) da Caixa Econômica Federal e pedirá benefício vitalício. No entanto, Vieira se mantém presidente do Fundo de Pensão dos Funcionários da Caixa (FUNCEF), operando grandes mudanças positivas no Fundo, com lucro de 12%.            

Segundo ele, "as iniciativas tomadas até agora pela atual gestão e todas as demais ações que estão por vir me fazem ter a certeza de que posso contar com a FUNCEF durante a minha aposentadoria. Sim, temos passado por situações difíceis, mas tenho confiança de que vamos superá-las e garantir a perenidade da nossa Entidade de previdência complementar", afirmou Vieira.

Confira a carta na íntegra:

Carlos Vieira adere ao PDVE e pedirá benefício vitalício

Entrei na Caixa em 1982. De lá para cá, passei por diversas funções, fiz amigos, aprendi bastante e vesti a camisa da empresa como a maioria dos meus colegas Economiários.

Desde setembro de 2016 contribuo com os empregados da ativa, aposentados e pensionistas da Caixa na condição de diretor-presidente da FUNCEF, Entidade responsável por administrar benefícios complementares de mais de 136 mil pessoas. 

Agora em fevereiro, depois de longa reflexão pessoal e profissional em conjunto com minha família, optei por aderir ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) da Caixa.

Ao tomar essa decisão e conversar com outros colegas que também ingressaram no Programa, observei que há dúvidas em relação às definições acerca do requerimento de benefícios na Fundação.

O que posso dizer sobre esse assunto é que as iniciativas tomadas até agora pela atual gestão e todas as demais ações que estão por vir me fazem ter a certeza de que posso contar com a FUNCEF durante a minha aposentadoria. Sim, temos passado por situações difíceis, mas tenho confiança de que vamos superá-las e garantir a perenidade da nossa Entidade de previdência complementar.

Alteramos o modelo da Política de Investimentos a fim de que esse instrumento fundamental de gestão de ativos se adapte com mais precisão à realidade econômica vigente. A nova diretoria atua como zelosa investidora dos recursos, sempre atenta ao processo decisório que respeita o tripé rentabilidade, risco e liquidez. Na mesma linha de atuação, fortalecemos o Grupo de Trabalho de Investimentos com o objetivo de sermos mais assertivos para obter os melhores negócios para a Fundação.

Já há sinais de recuperação das carteiras de investimentos. Os gráficos mostram que voltamos a crescer no exercício passado, estancando a forte queda que vinha desde 2010 e teve seu ponto mais baixo em 2015. O Novo Plano, por exemplo, deve apresentar boa rentabilidade no Balanço de 2016, previsto para ser divulgado até maio, com expectativa de retorno de 12%.

Além disso, o diálogo com a Patrocinadora, os órgãos reguladores e fiscalizadores e, principalmente, com os participantes, razão maior de ser dessa Entidade, está definitivamente consolidado. Esse pensar coletivo em favor da Fundação só a deixa mais fortalecida e consolida nosso futuro comum.

Nesse contexto, gostaria de compartilhar duas importantes escolhas que fiz ao resolver me aposentar e requerer meu benefício na FUNCEF. Não vou sacar os 10% do Benefício Único Antecipado (BUA), aos quais tenho direito pelo regulamento do REG/Replan Saldado, e não vou resgatar meu saldo de conta no Novo Plano. Portanto, todo o valor que acumulei durante 35 anos de trabalho será transformado em benefício complementar com objetivo de usufruir da tão merecida aposentadoria.

Vou dividir com vocês por que preferi não sacar e não resgatar meus recursos. Porque acredito no trabalho que a atual gestão está realizando. A nova diretoria está imersa na FUNCEF há cinco meses, sem descanso, e confio que estamos no caminho certo para reerguê-la, fortalecendo a governança da Entidade de modo a enfrentar os desafios futuros sem comprometer o patrimônio dos planos e o pagamento de benefícios.

Por fim, gostaria de deixar uma sugestão para os optantes do PDVE. Conversem entre si sobre as decisões tomadas quanto à FUNCEF e busquem o máximo de informações nos nossos canais de comunicação antes de qualquer definição. Seu futuro agradece.

Carlos Vieira

Diretor-presidente da FUNCEF
        



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