O chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, ofereceu dinheiro à jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, que acusa o parlamentar de estupro e agressão.

A prova está em um vídeo de segurança de um hotel no centro de São Paulo, onde os dois aparecem conversando no hall. Na conversa, Bauer chega a dizer que o acerto era dar à jovem R$ 80 mil, mas o valor cai para R$ 50 mil e termina em R$ 20 mil.

Após ver as imagens, o delegado responsável pela investigação, Luís Roberto Hellmeister, disse que a jornalista passa agora a ser investigada pelos crimes de falsa comunicação de crime e extorsão. "Ela mentiu para burro aqui", disse o delegado.

Segundo os investigadores, as imagens derrubam a versão de que ela teria sido mantida em cárcere privado por Bauer naquele mesmo dia, entre o final de julho e o início de agosto.

A jovem acusou Bauer de tê-la tornado refém em um quarto do Hotel San Rafael com o objetivo de fazer com que ela gravasse um vídeo negando as acusações contra Feliciano. Feliciano não está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por possuir foro privilegiado.

No primeiro vídeo, de 30 de julho, Bauer e Patrícia são vistos se abraçando. Em outro vídeo, de 4 de agosto, ela aparece sentada com um rapaz na área comum do hotel, enquanto Bauer é visto falando ao celular.

Ainda segundo o delegado, antes de encontrar-se com Bauer no hotel onde diz ter sido feita refém, Patrícia teria se maquiado e feito compras em um shopping center, além de ter saído para passear com o namorado.