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Vereador teme que ranking da violência atrapalhe turismo em JP


28/03/2013



 O vereador, Marcos Vinícius (PSDB), lamentou nesta quinta-feira (28) a divulgação dos dados da ONG (Organização Não Governamental) mexicana "Segurança, Justiça e Paz", através da CNN, que apontou João Pessoa/PB como a 10ª cidade mais violenta do mundo.

“Deixa-me preocupado este índice, em um momento em que se busca desenvolver a capital da Paraíba através do turismo, mas o impacto destes dados atingem toda sociedade, encolhendo até a atividade empresarial, já que qualquer empresa do mundo evitaria investir em municípios onde a violência é banalizada desta forma”, avaliou.

O parlamentar destacou ainda que o governador, Ricardo Coutinho (PSB), afirmava em seu guia eleitoral que o povo de João Pessoa voltaria a sentar nas calçadas, como antigamente. “O que vemos hoje é os bandidos entrando nas clínicas e hospitais para roubar os pertences dos pacientes”. E completou: “Isto é lamentável”.

Marcos disse esperar que a Semana Santa possa sensibilizar o governador para buscar soluções mais rápidas para a violência em João Pessoa. “Todos os finais de semana, temos notícias de pelo menos oito assassinatos. Isto tem que parar”.

O ranking é organizado de acordo com a quantidade de mortes violentas em proporção com a quantidade de habitantes de cidades com mais de 300 mil habitantes. No top 10, duas cidades brasileiras: Maceió em 6º (85) e João Pessoa em 10º (71). No total são 15 cidades, uma a mais que o ano passado com a entrada de Brasília, o que nos confere um percentual de 30% das cidades mais violentas do mundo.

Devido aos questionamento dos dados de anos anteriores, desta vez o relatório apresenta uma lista de fontes de dados, representadas no Brasil em quase sua maioria pelas secretarias de segurança pública dos referidos estados.

Os realizadores da lista não descartam a possibilidade de que secretarias de cidades marcadas pela violência, como é o caso do Rio, mascarem seus dados para não serem listadas. Ademais informam que receberam muitas reclamações de autoridades governamentais no ano passado porque a lista mancha o nome de cidades reconhecidamente turísticas. No entanto insistem que as cifras são oficiais e o ranking não faz outra coisa senão reconhecer a realidade de sua violência e a incapacidade dos governantes para contê-la e reduzi-la.



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