O brasileiro Antônio Pezão disputa, no próximo dia 25 de maio, o cinturão dos pesos-pesados, em revanche contra o americano Cain Velásquez. A primeira luta entre os dois aconteceu em maio do ano passado e foi a primeira luta de Pezão no UFC. Apesar de meses planejando a luta, o paraibano, tomado pela emoção do momento, fez justamente o que havia treinado para não fazer – chutar – e deu abertura para o rival derrubá-lo e dominar o combate, encerrado com um nocaute técnico a favor do atual campeão em 3m36s. Desde então, Pezão venceu duas lutas seguidas por nocaute e se estabeleceu no UFC. Por isso, seu treinador principal, Katel Kubis, espera um desempenho bem diferente do brasileiro.

– Costumo brincar que pelo potencial que o Pezão tem, ele parece um iceberg, porque o que todo mundo vê é só a ponta. Para todos os peso pesados, o primeiro round é o mais importante, então, estamos muito focado para não cometermos mais erros principalmente nos momentos iniciais da luta. Preparem-se para ver um Pezão mais maduro, mais acostumado ao UFC, com os pés no chão e focado no que precisa fazer. E o principal: com muita vontade de trazer esse cinturão para o Brasil – disse Katel Kubis.

Pezão é faixa-preta de caratê, mas ficou mais conhecido no MMA por seu jiu-jítsu, no qual também é faixa-preta. Sob o comando de Kubis – que já foi campeão mundial de muay thai e foi formado na arte marcial pelo mestre Fabio Noguchi, junto com Anderson Silva – o paraibano vem incorporando novas armas ao seu jogo em pé.

– O Katel Kubis é o meu técnico principal, quem monta toda minha estratégia e me acompanha durante toda minha preparação. Ele manda e eu apenas faço. Confio nele e no trabalho que ele faz, pois é um dos melhores strikers que o Brasil tem, tanto como treinador e como atleta. A cada dia que passa me sinto melhor e mais confortável em lutar em pé, graças a toda dedicação e paciência que o grande Mestre Katel tem comigo – agradeceu Pezão.
Kubis detalhou o planejamento da preparação do peso-pesado e revelou que ele passa quatro horas por dia em treinamento.

– O treinamento com o Pezão é muito bom, a cada dia tem um detalhe ou aspecto da luta em que ele evolui mais. Dividimos o treinamento em duas sessões de treinos por dia, num total de três a quatro horas de treinamento diário. Ele está fazendo muito treinamento específico, e contamos com o reforço importantíssimo do Pedro Rizzo na parte de trocação, já que a chave para vencer essa luta não está só no chão, mas em cada minuto da luta – contou Kubis, que já contabiliza mais de 500 lutas à frente do treinamento de atletas como Mike Brown, Mark Hunt e Hector Lombard, entre outros.