Artes

Em São Paulo, artista paraibano José Rufino faz mostra revirando seu ateliê


12/10/2018

Folha de São Paulo – João Perassolo

Uma varredura no ateliê que funciona como uma revisão da própria vida. Uma busca de “objetos e coisas que estavam guardadas nas gavetas do meu espaço de trabalho e eu não lembrava mais porquê”, diz José Rufino.

Foi com o espírito de quem remexe a própria trajetória de 33 anos de carreira —de uma existência de pouco mais de 50— que o artista plástico paraibano reuniu o conjunto de 250 obras que compõem a mostra “Limbo”, em cartaz na Biblioteca Mário de Andrade até novembro.

Apesar do espírito revisionista, “Limbo” não é um melhor de, mas sim “uma faxina emocional” do processo criativo do autor, como ele afirma.

Ativo desde os anos 1970, Rufino participou de bienais dentro e fora do país, e foi eleito melhor artista contemporâneo no ano passado pela Associação Brasileira de Críticos de Arte.

A exposição, que chega a São Paulo após passagem pelo Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, traz pinturas, colagens, “ready mades”, esboços, maquetes, instalações e desenhos da infância e da juventude do artista.

São trabalhos que ele chama de “pré-obras” ou “proto-obras”, dado o estado inacabado das peças que estavam nos quatro cantos de seu ateliê em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, mas que agora vem a público de forma finalizada e polida



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