Seu … Você quer me matar do coração? Não tenho mais idade para isso, não". Foi assim, com um palavrão e uma reclamação, que o brasileiro Mauro Vinícius da Silva, o Duda, foi parabenizado por seu técnico, Aristides Junqueira, pelo bicampeonato mundial indoor no salto em distância, conquistado em Sopot, na Polônia, no sábado.

A revelação foi feita pelo atleta no SporTV, rindo. "Ele é assim mesmo", conta. A raiva do treinador foi causada pela "demora" de Duda em conseguir o salto vencedor. Só em seu último salto ele atingiu a marca de 8,28m, que valeu o ouro. Até lá, o líder era o chinês Jinzhe Li.

Nas eliminatórias, o brasileiro já tinha feito o mesmo: a marca que valeu classificação foi conseguida, também, na última chance. No Mundial de 2012, tinha acontecido a mesma coisa. Só nos últimos saltos Duda atingiu a marca de 8,23m, que valeu o ouro. Na época, Aristides também reclamou: "Tem que acabar com essa coisa de deixar o melhor para o final. Salta longe logo de cara".

Brasileira para na semifinal dos 60m

Franciela Krasucki acabou apenas em 17º lugar na semifinal dos 60m. Ela terminou na quinta posição em sua bateria, com o tempo de 7s31. A última classificada para a final, a bicampeã olímpica Veronica Campebell Brown, fez 7s17.

"Fiz o que podia. Foi tudo muito novo, um campeonato grande, minha estreia (em mundiais indoor). Fiz o que pude, sabia que iria ser difícil. É missão cumprida. Para me dedicar ao indoor, precisa competir mais vezes fora do país", falou ao Sportv.

A velocista é a mesma que esteve no centro de uma polêmica no Mundial de Moscou, em agosto do ano passado. Ela estava presente na equipe do revezamento 4x100m que ocupava a segunda posição na final, mas perdeu a medalha. Ela que deixou o bastão cair na última troca da prova, o que causou um racha na seleção.