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Suspeito de jogar rojão em cinegrafista é funcionário de hospital estadual

Morte cinegrafista


11/02/2014

 A Secretaria de Estado de Saúde informou na tarde desta terça-feira que Caio Silva de Souza, principal suspeito de ter acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, trabalha no Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, no Rio de Janeiro.

De acordo com a Secretaria, Caio é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço ao hospital. Ele é auxiliar de serviços gerais e, no momento, é considerado foragido da Justiça.

Drogas

O suspeito tem duas passagens na polícia por envolvimento com tráfico de drogas, segundo informações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

As passagens são pelo 53ª DP, de Mesquita, e outra na 56ª, em Comendador Soares. No entanto, não foi registrada ocorrência em nenhuma das duas ocasiões. Os dois casos são de 2010.

A Polícia informou que, em uma das situações, Caio estava a poucos metros de uma moita onde foi encontrada certa quantidade de drogas. No ocorrido, não foi possível determinar se ele era usuário, traficante ou apenas estava no local.

O caso

O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, foi atingido na cabeça por um rojão durante um protesto contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro. O caso aconteceu na última quinta-feira e, nesta segunda-feira, ele teve morte cerebral constatada.

Na ocasião, os PMs tentaram impedir que black blocs pulassem as catracas, ainda no começo da noite. Devido às depredações, os acessos ao Palácio Duque de Caxias e ao Campo de Santana da estação do metrô na Central chegaram a ser fechados. O Batalhão de Choque foi acionado e usou bombas de efeito moral para controlar a situação.

A foto de um dos suspeitos de ter atirado o rojão foi divulgada nesta terça-feira pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Desde a expedição do mandado de prisão de Caio Silva de Souza, de 23 anos, na noite desta segunda-feira, policiais têm feito buscas em todo o estado à procura do suspeito.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, o primeiro suspeito, Fábio Raposo, reconheceu o segundo suspeito. Os dois serão indiciados por homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar.



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