Internacional

Snowden tem dados secretos sobre ciberataques na China, diz jornal

Cyber espaço


14/06/2013

 Edward Snowden, o ex-consultor americano que divulgou o polêmico programa de espionagem das comunicações do governo dos Estados Unidos, possui documentos secretos que identificam alvos de hackers em Hong Kong e na China, afirma nesta sexta-feira (14) o jornal "South China Morning Post" (SCMP).

O jornal de Hong Kong diz ter consultado uma parte dos relatórios em posse de Edward Snowden durante uma entrevista concedida por ele na megalópole chinesa onde se refugiou no dia 20 de maio, depois de ter vazado esta informação aos jornais "Guardian" e "Washington Post", que colocou o governo do democrata Barack Obama em uma situação embaraçosa.

Nos documentos, aparecem endereços IP (protocolo de internet, o número de identificação de um computador conectado) e a data dos ataques cibernéticos. O SCMP não publicou estes dados nem identificou as pessoas ou instituições afetadas.

De acordo com o jornal, os documentos permitem saber se uma operação está em andamento ou foi concluída e parecem indicar índices de sucesso nas operações de hackers de 75%.

"Ignoro as informações específicas que buscavam nestas máquinas, só sei que utilizar meios técnicos para penetrar sem autorização em computadores civis é uma violação do direito e é eticamente duvidoso", declarou Snowden ao jornal de língua inglesa.

O jovem de 29 anos, que se esconde em Hong Kong, ressurgiu na quarta-feira em uma entrevista ao jornal SMCP na qual afirma que quer permanecer no território autônomo chinês para "combater o governo americano nos tribunais".

O ex-consultor da poderosa agência de informação americana NSA também fala dos métodos de espionagem em seu país, e informa que os Estados Unidos têm acesso "às comunicações de centenas de milhares de computadores", inclusive em Hong Kong e na China.

A espionagem informática costuma ser fonte recorrente de atritos entre Estados Unidos e China e esteve na agenda do encontro, no último sábado, entre o presidente americano, Barack Obama, e o líder chinês,Xi Jinping.



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