Política

Sérgio Cabral é ouvido na Justiça Federal do Rio

OPERAÇÃO MASCATE


10/07/2017

O ex-governador Sérgio Cabral presta depoimento na manhã desta segunda (10) na Justiça Federal do Rio. Ele será ouvido pelo juiz da 7ª Vara Marcelo Bretas. Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passo por envolvimento em esquemas de corrupção. Cabral foi intimado a prestar depoimento juntamente com Ary Ferreira da Costa Filho, preso durante a operação Mascate da Polícia Federal em fevereiro, e Carlos Emanuel de Carvalho Miranda. Ambos eram operadores do dinheiro que seria entregue a Cabral. Os depoimentos são referentes às acusações que motivaram a operação Mascate.

No mês passado, o ex-governador foi condenado pelo juiz Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância – a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele já foi denunciado 12 vezes na Operação Lava-Jato. A última foi por corrupção na área de alimentação e serviços especializados.

Ary é suspeito de pegar o dinheiro vivo desse esquema e intermediar a lavagem de dinheiro e a ocultação de patrimônio. Ele entregava dinheiro para dono de concessionárias de veículos, que contratavam serviços de consultoria da empresa de Carlos Miranda, que também é operador de Sérgio Cabral nesse esquema. Quem delatou o esquema foi Adriano Reis, dono de uma dessas concessionárias.

Atualmente, Cabral está em um presídio em Benfica, onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP), que foi recentemente reformado.
Em parecer no qual pedia a manutenção da prisão preventiva de Luiz Carlos Bezerra, operador de Sérgio Cabral, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que Cabral é "líder de uma organização criminosa, dedicada a dilapidar sistematicamente o erário público, sem nenhum escrúpulo". O parecer foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF).

No texto, Janot explica que a prisão preventiva é necessária, já que a organização criminosa "permaneceu ativa muito tempo depois da renúncia do ex-governador Sérgio Cabral", e lembrou que o ex-governador, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, "reiteradamente cobrava propina no valor de 5% de todos os contratos celebrados com o Governo do Estado do Rio de Janeiro".



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