Política

Sem citar nome, Hervázio condena voto de ex-ministro pró-impeachment

'ANTIÉTICO'


19/04/2016

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Hervázio Bezerra (PSB) disse, nesta terça-feira (19), que, na votação de domingo (17), que pedia a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do poder, os deputados não discutiram o propósito do impeachment e sim outros assuntos.

“Vi discutir praticamente tudo, menos o que mais interessava que era o processo em si do impeachment ou as pedaladas apontadas pelo TCU e que foram totalmente desmoralizadas em função dos debates anteriores ao processo de impeachment. E aí foi provado e comprovado e é irrefutável que vários governadores, senão todos os governadores da federação fizeram a mesma prática, então a peça que está para o processo de impeachment, eu acho que é um processo até nacional de que não é caso para cassação. Ali é um ato político”, ressaltou.

Em relação ao resultado da votação, Hervázio disse que tudo caminhava para a aprovação na Câmara. “Todos os articulistas políticos, principalmente os da rede globo apontavam nesse norte, nessa direção. Eu dizia que só um milagre poderia salvar a presidente Dilma”.

Hervázio falou ainda sobre a decisão de um parlamentar que votou contra o Governo que lhe ofereceu um cargo de ministro de Estado. “De resto é comentar a postura antiética, porque se o cidadão é ministro, quero crer que comungue com todas as ações do governo, se eu sou ministro eu tenho que conceber, admitir, apoiar as ações do governo. Então como é que você justifica o cara ser ministro um dia e no outro o cara se descompatibilizar e votar contra o governo?. Quer dizer, a opinião pública não é besta, acompanha isso em tempo real, pelas redes sociais e por toda a imprensa”, indagou o deputado

Sobre a votação
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, após quase dez horas de votação, o placar final da votação foi 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, além de 7 abstenções e 2 ausentes. Para ser aprovado na Câmara, o processo dependia do voto de no mínimo 342 dos 513 deputados, ou dois terços do total.

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o 342º voto pelo andamento do impeachment, que agora será analisado pelo Senado Federal. Trinta e seis deputados ainda não votaram. O quórum no painel eletrônico do plenário da Câmara registra 511 parlamentares presentes na sessão. Até o placar que definiu a abertura do impeachment, 127 deputados votaram "não" e seis se abstiveram. Dois parlamentares não compareceram.



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