Saúde

Saúde orienta população a evitar leptospirose


26/03/2015

Por causa das chuvas registradas em vários municípios da Paraíba, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, orienta a população a evitar a leptospirose. A doença infecciosa, causada por uma bactéria presente na urina de ratos e de outros animais, é transmitida ao homem principalmente nas enchentes e/ou inundações. “A doença no homem está associada ao contato com água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais portadores da bactéria leptospira, por isso é importante que depois de toda essa chuva a população fique atenta às recomendações da SES”, disse o gerente da Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, Geraldo Moreira.

A transmissão da leptospirose ocorre com maior frequência em áreas com condições sanitárias precárias e alta infestação de ratos, o que aumenta o risco de contato com a urina desses animais. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a doença ao homem. A penetração do microorganismo se dá por meio da pele lesada (ferimentos e arranhaduras) ou das mucosas da boca, narinas e olhos ou mesmo quando a pele está perfeita, quando imersa por longos períodos em água ou lama contaminadas.

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha (batata da perna), podendo também ocorrer vômitos, diarréia e tosse, associados ao fato de ter tido contato com águas de enchentes e/ou inundações recentes. “Ao sinal de sintomas da leptospirose, deve-se procurar imediatamente o centro de saúde mais próximo e não esquecer de relatar ao médico o contato com água ou lama de enchentes”, explicou Geraldo.

Prevenção

“A melhoria das ações de prevenção e controle voltadas aos animais refletirá na diminuição do nível de contaminação ambiental e, consequentemente na redução do número de casos humanos da doença”, disse o gerente de saúde.

As principais medidas voltadas aos reservatórios são o controle de roedores através da desratização, imunização de animais domésticos e de produção (caninos, bovinos e suinos) com o uso de vacinas, assim como cuidados com a higiene, remoção e destino adequado de resíduos alimentares, excretas e cadáveres de animais e desinfecção permanente dos canis ou locais de criação.

Para evitar a contaminação, é importante evitar o contato com água ou lama e enchentes e/ou inundações; impedir que crianças brinquem ou nadem em ambientes supostamente contaminados; pessoas que trabalham na limpeza de lamas, detritos ou desentupimentos de esgotos devem usar botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e pés. Além disso, deve-se eliminar as fontes de abrigo, água e alimentação através de medidas tais como: colocar o lixo para coletas pouco antes do lixeiro passar; manter o lixo em recipiente fechado, fora do alcance de animais; evitar acúmulo de objetivos inúteis, entulhos e mato nos quintais; manter os terrenos baldios e as margens dos córregos limpos; conservar caixas d’água, ralos e vasos sanitários bem fechados; além de retirar toda noite os vasilhames dos animais domésticos e lavá-los para evitar contaminação.

A SES ainda recomenda:

– Usar proteção com botas e luvas de borracha, sempre que possível e, na ausência desses, utilizar sacos plásticos nos pés e mãos;

– Proteger alimentos evitando que os mesmos tenham contato com eles;

– Lavar e desinfetar frutas e hortaliças, utilizando 2 colheres de sopa de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), para cada litro d’água;

– Observar a higiene dos alimentos e do local onde se come;

– Ferver e filtrar água de beber;

– Limpar a casa, paredes, chão e todos os cômodos com a seguinte solução: 1 copo de hipoclorito de sódio a 2,5% para 20 litros de água.

– Em caso de enchentes deve-se limpar a caixa d’água com a seguinte solução: 1 litro de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada 1000 litros de água. Aguardar uma hora e esvaziá-la, abrindo todas as torneiras para desinfetá-las, podendo utilizar esta água para a limpeza da casa.



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