Nordeste

Rômulo Polari: “Próximo governante receberá o país com sérios problemas e a solução exige política de desenvolvimento”


24/08/2022

Rômulo Polari, é economista, professor e ex-reitor da UFPB

Portal WSCOM / Revista NORDESTE

Em reportagem especial e exclusiva publicada na nova edição da Revista NORDESTE, o economista Rômulo Polari, professor e ex-reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), aborda o futuro do país a partir de 2023, com um novo governo em cena. Em seu texto, ele aborda o papel da região Nordeste na conjuntura e a possibilidade do Brasil ser melhor diante de tantos problemas de ordem econômica e política.

A nova edição da Revista NORDESTE também está disponível para o leitor em edição virtual. CLIQUE AQUI para acessar.

Leia a reportagem assinada por Rômulo Polari abaixo:

O PAPEL DO NORDESTE NA CONJUNTURA E A POSSIBILIDADE DO BRASIL SER MELHOR

Em reportagem especial e exclusiva publicada na nova edição da Revista NORDESTE, o economista Rômulo Polari, professor e ex-reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), aborda o futuro do país a partir de 2023, com um novo governo em cena. Em seu texto, ele aborda o papel da região Nordeste na conjuntura e a possibilidade do Brasil ser melhor diante de tantos problemas de ordem econômica e política.

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Leia a reportagem assinada por Rômulo Polari abaixo:

O PAPEL DO NORDESTE NA CONJUNTURA E A POSSIBILIDADE DO BRASIL SER MELHOR

Por Rômulo Soares Polari
Professor e ex-Reitor da UFPB

Em outubro, o Brasil elegerá seu presidente, para 2023-26. Quem for eleito receberá o país com os ônus de oito anos de crise econômica e política: economia em marcha lenta, salários em baixa, altas taxas de juro, inflação, déficit e dívidas públicos e desemprego.

Com foco inócuo nesses problemas, o Novo Governo, como o atual, será prisioneiro do curto prazo, com pífios resultados socioeconômicos. A solução exige a política de desenvolvimento que falta ao país, há três décadas.
A ideia-força é criar o novo desenvolvimentismo do país. Nada a ver com as velhas práticas: subsídios públicos financeiros, fiscais, etc. a empresas privadas e transferências federais aos estados e municipais.

Dois objetivos se impõem: a) desenvolver mais e sistematicamente as forças produtivas da sociedade e b) elevar a eficiência e qualidade dos processos e produtos dos setores público e privado no mundo da IV Revolução Industrial.
Os eixos básicos do novo desenvolvimentismo são: I. Complementação e modernização da infraestrutura e dos serviços essenciais; II. Universalização da educação básica de qualidade; III. Produção e domínio científico-tecnológico relevante; IV. Contemporaneidade do setor produtivo; V. Turismo de base natural e histórico-cultural; vi. Superação do subdesenvolvimento do Nordeste.

Ao Poder Público cabe o papel contemporâneo de fomentar o desenvolvimento; democratizar os frutos progresso aos cidadãos e cidadãs; primar pela sustentabilidade ambiental e pelo equilíbrio socioeconômico regional.

PERSPECTIVAS DOS ESTADOS DO NORDESTE NO NOVO GOVERNO DO PAÍS

A retomada do desenvolvimento do Brasil será primordial às perspectivas do Nordeste. É preciso, porém, evitar que as políticas nacionais de desenvolvimento sejam, também, de subdesenvolvimento do Nordeste!

A política industrial de substituição de importações de bens de consumo não durável (anos 1930 aos 1950) e de bens de consumo durável, intermediários e de capital (anos 1960 e 1970) concentraram a indústria do país no Centro-Sul.
Nas últimas quatro décadas, as políticas do auspicioso progresso tecnológico, e econômico do agronegócio se concentraram nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul;

O desenvolvimento do Nordeste, hoje, é mais viável, tem mais elos de integração produtiva com a economia nacional e interessa muito mais ao país do que o almejado nos primórdios da Sudene, nos anos 1960.

Em sintonia com as perspectivas do Brasil, há importantes aspectos básicos ao desenvolvimento do Nordeste integrado à economia nacional, conforme abaixo:

Infraestrutura de transportes

Os atuais meios operacionais do Nordeste conferem-lhe uma moderna base à integração, nacional, nas inter-relações socioculturais, econômicas e produtivas.

• Portos de Suape(PE), Pecém(CE) e Itaqui(MA), aeroportos das capitais nordestinas, Rodovias BR101 e BR 230;

• Os transportes aéreos viabilizam as inter-relações socioeconômicas, produtivas, turísticas, culturais, institucionais, etc. O Nordeste tem uma boa base desse sistema de transporte nas capitais dos seus nove estados;

• Há, porém, notória carência regional, em relação dos transportes ferroviários e públicos urbanos;

• Outros itens infraestruturais essenciais: habitação popular, água, esgoto, segurança, educação e saúde públicos, também não têm o necessário padrão de eficiência e qualidade de atendimento;

– Produção de energia de limpa para garantir o desenvolvimento brasileiro ambientalmente sustentável

• O Nordeste tem capacidade de sol e vento para, em 6 anos, aumentar a geração energia limpa igual à de duas Itaipus, 22% da atual produção nacional. Nenhuma outra região pode dar pode dar tamanha contribuição;

• Hoje, essas fontes respondem por 14% da matriz elétrica do país. O Nordeste produz 85% da energia eólica e mais de 70% da energia solar.

– O patrimônio histórico-cultural e natural do Nordeste para o crescimento sustentável do turismo no país

• O Nordeste é bem dotado de forças atrativas ao turismo interno e internacional:

– Praias que ostentam muita natureza genuinamente original;

– Uma cultura muito autêntica, rica e diversificada;

– Um rico patrimônio histórico da formação da nossa Nação;

– Sistema de transportes (rodoviário, marítimo e aéreo).

– Capacidade de capital humano, ciência e tecnologia.

As universidades públicas do Nordeste são um manancial de formação de recursos humanos de alta qualificação e geração de ciência e tecnologia, com seus: a) mais 22 mil docentes Ph.D. em atividades de ensino, pesquisa e extensão e b) orçamentos que somam R$ 28 bilhões/ ano. Isso é muito importante em qualquer lugar, no mundo atual. Quando a Sudene foi criada o Nordeste tinha apenas cerca de 500 Ph.D.

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