Política

Rompimento de Nonato gera embate pesado entre ex-colegas de PPS na CMJP

TROCARAM FARPAS


12/04/2016

Os vereadores Bruno Farias, presidente municipal do PPS, e Marco Antonio (PHS), líder do governo na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), trocaram farpas durante a sessão desta terça-feira (12), na tribuna do Plenário Senador Humberto Lucena. O motivo? O rompimento político anunciado pelo vice-prefeito Nonato Bandeira, presidente estadual do PPS, com o prefeito Luciano Cartaxo (PSD).

Tudo começou quando Bruno Farias foi a tribuna para ler trechos da carta escrita por Nonato Bandeira. Na oportunidade, ele destacou que o PPS foi “alijado” das questões administrativas e políticas geradas pela gestão Luciano Cartaxo, e que o prefeito não teria cumprido nenhum dos compromissos de campanha firmados com a legenda e com o ex-prefeito Luciano Agra.

“Nenhum dos compromissos assumidos com o nosso partido, foi cumprido pelo prefeito. Comungo dos motivos e da decisão do vice-prefeito Nonato Bandeira”, disse.
Ainda de acordo com Bruno, a postura desempenhada por Cartaxo não coaduna com o posicionamento político de Nonato Bandeira e dele, enquanto presidente municipal do PPS. Logo após o discurso, o vereador anunciou a saída da bancada do governo.

Parábola da “cobra e do dono do parque” e os porcos
Em seguida, Marco Antonio rebateu as acusações de Bruno, e como ex-filiado do PPS, disse que a legenda teve espaço na gestão, inclusive, na indicação indicando secretários e pessoas em cargos chave da gestão. O vereador ainda afirmou que a decisão de rompimento da legenda “não foi surpresa”, pois, já era algo esperado pelos movimentos internos.

O vereador ainda fez uma analogia da situação do rompimento de Nonato Bandeira e do PPS, com a parábola da “cobra e do dono do parque”.

Ainda segundo Marco Antonio, a decisão do PPS já era conhecido, tanto é que deixou a legenda para ingressar e presidir o PHS. “Admira essa história de que não foi ouvido. O que os meus ex-companheiros de PPS têm que decidir? O que já esta decidido? Não brinquem com a nossa paciência. Um dia atrás do outro é muito bom”, disse.

“Meu pai me dizia que quem se mistura com porcos pode comer farelo. E eu digo ao meu pai, estou misturado com porcos, mas não como farelo. Eu tenho posição. Não se pode passar três anos e três meses em uma gestão e sair agora esculhambando. É preciso assumir com transparência. Pirotecnia não dá”, emendou. 



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