No futebol contemporâneo, o jogo coletivo geralmente se sobrepõe às individualidades. Porém, existem jogadores que decidem uma partida e viram referência para o resto do time. Léo Gamalho, do ASA, e Bismarck, do Campinense, se encaixam nesse perfil. Adversários em campo no próximo domingo, no Amigão, os dois terão a missão de desequilibrar o duelo de final da Copa do Nordeste. O primeiro confronto, no Fumeirão, em Arapiraca, a Raposa venceu por 2 a 1.

Presença de área é com Léo Gamalho

Contratado para a temporada de 2013, o centro-avante alvinegro não chegou como estrela. Foi durante a competição regional que o jogador provou que podia comandar o Fantasma em campo. Com três gols, assistências e um importante papel de pivô, "El Loco" Gamalho – como foi apelidado – se tornou a figura de maior destaque do time alvinegro.

Alguns torcedores podem até dizer que no ASA vale a expressão "Léo Gamalho e mais dez", mas a verdade é que, sem um conjunto, o Fantasma jamais chegaria à decisão. Gilson, Tiago Garça, Didira e Thalisson são alguns exemplos de que todos têm sua importância para a equipe. A diferença é que o atacante se tornou um símbolo deste time.

No momento em que seus companheiros já tinham feito até o impossível, ele foi além. Na Arena Castelão, diante de mais de 50 mil torcedores do adversário, Léo Gamalho marcou, aos 38 minutos do segundo tempo, o gol da vitória do ASA por 1 a 0 sobre o Ceará, garantindo a vaga para a final.

Se depende de pelo menos dois gols para levantar a taça, o ASA aposta naquele que tem a capacidade de alterar um placar supostamente definido.

O estilo irreverente de Bismarck

Assim como seu oponente, Bismarck foi um entre os tantos reforços do Campinense para este ano. Revelado pelo Fortaleza, o meia passou por outros clubes antes de chegar a Campina Grande. O atleta, inclusive, já conhecia o atual técnico, Oliveira Canindé.

Em 2010, os dois foram campeões da Série D pelo Guarany de Sobral. Com o aval do treinador, foi contratado pelo Rubro-Negro paraibano. Ágil e habilidoso, o jogador é o principal responsável pelo dinamismo do meio-campo raposeiro.

Com um futebol irreverente, Bismarck ajudou o time a construir uma campanha surpreendente na Copa do Nordeste. Passes, dribles ousados e dois gols. Nas quartas de final, quando o time perdia para o Sport na Ilha do Retiro, o meia não se intimidou com a pressão da torcida adversária e empatou o jogo. Ao final, o placar de 2 a 2 deu a classificação à Raposa.

Com um chute de fora da área ou uma jogada de linha de fundo, Bismarck sabe que pode decidir o campeão de domingo.