Cultura

Redes sociais impulsionam vendas de livros no Brasil em 2022

O mercado literário, que faturou R$2,27 bilhões em 2022, impulsionado, principalmente, pela rede social TikTok, vive uma excelente fase. O especialista em tecnologia e educação, com mais de 20 anos de experiência, Alfredo Freitas, acredita que a leitura e o aprendizado online são irreversíveis.


23/01/2023



No último dia 7 de janeiro, foi comemorado o Dia Nacional do Leitor. A data foi celebrada com o aumento significativo nas vendas de livros em 2022. E-books, áudio livros e outras plataformas de leituras digitais tiveram um acréscimo de faturamento em 23% no último ano, segundo pesquisa de Conteúdo Digital. O novo perfil de leitores vem acompanhado de uma nova tendência de difusão e estratégia para atrair o público millennial para o consumo de livros: os influenciadores digitais, ou booktokers.

“A maneira como as pessoas leem e estudam está mudando rapidamente. Há mais leitores em ambiente digital com tablets e celulares, que leitores de livros físicos impressos. Registramos o maior número de matrículas na modalidade virtual do que nunca. As pessoas estão identificando os benefícios de ler e estudar online. A internet já rompeu com todas as fronteiras para a leitura e educação”, afirma Alfredo Freitas que é diretor da Universidade americana Ambra University.

Freitas está correto. Uma fórmula que se mostra cada vez mais efetiva são os tiktokers. Influenciadores com força sem precedentes em empolgar um público mais jovem para a leitura. Ao que parece esse novo perfil de leitores: os leitores digitais, vem crescendo significativamente no país. A venda de tablets e dispositivos móveis em todo o mundo também cresceu em 2021 e 2022. Paralelamente o número de matrículas em cursos online também disparou.

“Temos um movimento muito grande entre adultos, já com carreiras consolidadas, em busca de formação complementar de forma remota. Esse fenômeno é um dos fatores que está impulsionando, rapidamente, o cenário de maior leitura no ambiente digital e também de matrículas para cursos à distância”, explica o especialista Alfredo Freitas.

No mercado da educação remota há mais de 20 anos, Freitas pondera que o novo perfil de leitores — agora no ambiente digital — é uma realidade irreversível e que instâncias geradoras de conteúdo devem seguir intensificando os investimentos para atender esse público leitor de forma digital.

“Estudantes já estão mais conectados do que nunca. Dados do Censo de Educação Superior no Brasil, por exemplo, registraram aumento de 16,9% no número de matrículas em cursos à distância no país. O número de novos alunos em cursos superiores à distância aumentou 4,7 vezes, um crescimento de 378,9%. Não há mais como retomar o modelo totalmente físico para leitura, bem como o modelo presencial para o ensino. Agora, mais do que nunca, precisamos olhar para frente”, afirma Alfredo Freitas.



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