Futebol

Receita espanhola conclui que houve fraude na compra de Neymar pelo Barcelona

Fraude


03/06/2014



A receita federal da Espanha concluiu que o Barcelona cometeu uma fraude fiscal de 9,1 milhões de euros (cerca de R$ 28 milhões) na contratação do atacante Neymar, informou a imprensa espanhola. O código penal do país estabelece que a quantia paga nesses casos pode ser de seis vezes o valor fraudado. Caso o Barcelona seja condenado no processo judicial, a multa pode chegar a 54,6 milhões de euros (cerca de R$ 168,2 milhões).

Segundo a rádio Cadena Ser, o juiz Pablo Ruz recebeu um relatório da Agência Tributária, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e Administração Pública da Espanha, informando sobre a fraude. O jornal El País informa que o presidente do clube na época da sonegação, Sandro Rosell, já foi intimado e vai prestar depoimento no dia 13.
Ainda segundo o El País, o pai do atacante, Neymar da Silva dos Santos, precisará apresentar à Justiça os estatutos das quatro empresas em que aparece como representante legal de Neymar, para que seja conhecido o contrato social, e as declarações de renda das companhias de 2011 em diante.

Os 9 milhões de euros correspondem a 24,75% dos 37,9 milhões de euros (cerca de R$ 117 milhões) que o Barcelona pagou às empresas vinculadas a Neymar para assegurar a contratação do ex-atacante do Santos. A promotoria considera que esses valores não fazem parte da transferência, mas são relativos ao salário de Neymar e, portanto, devem ser taxados como um rendimento do atacante. Como Neymar não morava na Espanha quando recebeu a quantia, o entendimento é de que o Barcelona deveria ter pago a quantia.

Quando a suposta fraude veio à tona, o Barcelona pagou R$ 13,5 milhões de euros (em torno de R$ 41,5 milhões) à receita, mas como o valor foi depositado depois de o processo judicial ter começado, o pagamento não exime o clube de pagar uma nova multa.

Além do depoimento de Rosell, já marcado para o dia 13, o juiz vai ouvir também os auditores das contas do clube . O magistrado suspeita de uma nova fraude de 2,6 milhões de euros (cerca de R$ 8 milhões) no exercício fiscal de 2014, sem relação com a compra de Neymar.

 



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