Economia

Reajustes em mensalidades escolares para 2024 podem chegar a 12% na Paraíba, projeta sindicato

Estimativa do sindicato da categoria supera a média nacional de 9%; escolas devem apresentar planilhas de custos


29/09/2023

A União



O reajuste das mensalidades das escolas, na Paraíba, pode variar de 10% a 12%, em 2024, em comparação aos valores cobrados neste ano. É o que projeta o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Paraíba (Sinepe-PB), Odésio Medeiros. O índice supera a média de 9%, obtida em pesquisa do site buscador de escolas no Brasil, Melhor Escola, feita em 24 estados do país.

O reajuste das mensalidades escolares não é limitado a um índice. Conforme o levantamento da Melhor Escola, há instituições que vão aumentar os valores em até 35%, em relação a 2023. Conforme a lei 9.870/1999, os estabelecimentos devem apresentar o índice de reajuste acompanhado por uma planilha de custos, detalhando os investimentos.

Segundo Odésio Medeiros, a média praticada em 2023 foi de 10%. “O reajuste depende das melhorias implementadas, seja no quesito pedagógico ou na infraestrutura do prédio, por exemplo, como obras de reforma e ampliação. Quem investir mais, vai aumentar mais”, frisa.

O presidente do Sinepe-PB acredita que as escolas terão definido seus índices de reajuste até 31 de outubro. Conforme determina o artigo 2o da Lei 9.870/1999, os estabelecimentos de ensino devem divulgar o texto da proposta de contrato em um período mínimo de 45 dias antes da data final para matrícula, conforme calendário e cronograma da instituição de ensino. O conteúdo deve ser divulgado em local de fácil acesso ao público.

A assistente administrativa Helena Costa é mãe de Vinicius, que vai para o sétimo ano em 2024. Ele estuda com bolsa parcial, o que alivia o orçamento familiar. “Fico atenta ao reajuste para adequar às despesas da casa. Mas além do valor, a gente tem que avaliar também nossa rotina. Eu inscrevi Vinícius em um programa de bolsas, para ter um índice maior de desconto, mas o colégio era muito longe da minha casa e do meu percurso diário, o que inviabilizaria a troca de escola”.

Perda de alunos

Odésio Medeiros destaca que, na pandemia de Covid-19, as escolas sofreram com a perda de alunos, principalmente os da Educação Infantil. “Foi uma catástrofe para os donos das escolas. Felizmente, eles estão se reabilitando com a volta presencial das aulas”.

Uma questão apontada em pesquisa da empresa de gestão Meira Fernandes, realizada em 10 estados, é a inadimplência. Mais de 51% das escolas apontaram que o índice pode superar os 5% dos matriculados.



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