Economia & Negócios

Professores analisam informalidade no país e apontam necessidade de atração à formalidade


04/06/2020

Cássio da Nóbrega Besarria

Por João Anderson da Silva Felix e Cássio da Nóbrega Besarria.



A importância da análise da informalidade está ligada às distorções causadas na alocação de recursos e, consequentemente, sobre o desempenho econômico, prejudicando o resultado de políticas públicas, afetando a competitividade da economia e promovendo uma diminuição da arrecadação de tributos devido a evasão fiscal. Além disso, as atividades desempenhadas na economia informal não oferecem segurança social, como acesso a auxílio doença, licença maternidade, entre outros.

As características do setor informal brasileiro são bem marcantes, com base nos dados do IBGE, percebe-se que:

Com base nisso, criamos um protótipo ou economia artificial com o propósito de mostrar os efeitos agregados da expansão da economia formal e da economia informal. A lógica é dada por:

 

Os resultados mostraram que a expansão da economia formal estimula o consumo tanto formal quanto informal, as produções formal e informal também são afetadas positivamente por um choque de produtividade formal.

No entanto, o crescimento da economia informal eleva apenas o consumo informal, fazendo com que o consumo formal seja afetado negativamente. Efeitos similares acontecem com as produções, em que, a produção informal aumenta com a presença do choque de produtividade informal, porém a produção formal diminui com a presença deste choque.

Como base na análise de choques de produtividade nos setores formais e informais, observa-se a necessidade de empregar, cada vez mais, esforços para que os trabalhadores sejam atraídos para a formalidade. Trazendo o benefício coletivo dos efeitos positivos na economia agregada e melhora das contas públicas e o benefício individual do acesso à proteção social.



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