{arquivo}Um sistema de geração de energia elétrica de baixo custo desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba pode em breve ser utilizado por consumidores residenciais. O Sistema teve o pedido de patente encaminhado pelo IFPB no dia 27 de maio ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

O pesquisador Artur Alves Dias, professor de Engenharia Elétrica e de Automação Industrial do IFPB explica que “O sistema permite a geração de energia elétrica a partir de uma máquina primária rotativa, que pode ser uma máquina a diesel, turbina eólica ou até máquinas que aproveitam os movimentos biomecânicos (por exemplo, uma bicicleta ergométrica). Nele há um conversor estático de baixo custo que disponibiliza tal energia para a rede monofásica da concessionária de energia elétrica”. Segundo o professor, isto pode resultar na geração indireta de renda, pois o consumidor pode vender ou utilizar, de acordo com a legislação vigente, o excesso de energia gerada, aos moldes de países como Alemanha.
Artur Alves informa que o sistema pode ser utilizado por pequenos consumidores, comunidades de pescadores, por exemplo, de locais onde há vento em abundância. Tais consumidores podem utilizar o sistema para gerar energia elétrica a baixo custo. O diferencial do seu trabalho está no baixo investimento inicial. ”Os sistemas convencionais eólicos estão por volta de R$5.000,00 o KW na faixa dos 2 KW, o nosso pode chegar a menos de R$3.000.00 o KW” afirma.
Trabalho premiado
O Sistema Monofásico de Baixo Custo para Energia Elétrica conquistou em 2012 o primeiro lugar do 2º prêmio WEG de Inovação Tecnológica realizado em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Na época o trabalho foi defendido pelos alunos do IFPB André Pedro Herculano de Almeida (atualmente faz mestrado na UFCG) e José Diniz Neto, sob a orientação do professor Artur. O trabalho teve apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e da COPEX.
O objetivo do concurso era identificar e premiar trabalhos que apresentassem ideias, soluções e processos inovadores, dentro do segmento de atuação do Grupo WEG. Os projetos deveriam ter ênfase para sustentabilidade, conservação de energia, eficiência energética, proteção do meio ambiente e fontes renováveis de energia.
Pedidos de Patente
Este é o segundo pedido de patente encaminhado pelo IFPB ao INPI. O primeiro foi de um Sistema de Extensão de Vigas para Montagem de Estruturas Metálicas. Para a coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica do IFPB, Nadja da Nóbrega Rodrigues, o Instituto Federal passa por um momento de criação da cultura de inovação. “A parceria do NIT com o INPI vem conseguindo motivar os professores a fazerem os registros. Quando mais pessoas forem desenvolvendo estes projetos mais avançamos na criação desta cultura” finalizou.