A Procuradoria Geral da República anexou diversos documentos apreendidos nas casas e nos celulares do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, comprovando que ele fez negócios milionários à frente do cargo e da atuação parlamentar, bem como interferindo diretamente em processos, como o da CPI da Petrobras presidida pelo deputado federal Hugo Motta.

Ele usava de sua influência para pressionar o presidente e outros aliados a convocar personalidades visando intimidar pessoas, que por ventura estivessem contra ele.

A Procuradoria relata ainda que há dados sobre a atuação da prefeita de Rio Bonito (RJ) e ex-deputada Solange Almeida na Câmara, especialmente a apresentação de requerimentos, além de outros aliados como o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que comandou a CPI da Petrobras.

Segundo a Folha de São Paulo, “no quarto do casal, foi encontrado uma folha impressa "contendo informações sobre a aquisição da Petrobras do campo de Benin". Dados do Ministério Público apontam que parte do dinheiro de propina paga para viabilizar um negócio com a Petrobras na África em 2011 referente ao campo de Benin alimentou contas secretas na Suíça que pertenciam a Cunha e a familiares. Foram localizados ainda vários documentos do banco suíço no qual Cunha e familiares mantinham contas, como pagamentos.