Futebol

Prática e teoria de Adilson reanimam Vasco na luta contra rebaixamento

esperança


28/11/2013

{arquivo}Ainda faltam dois jogos. E em futebol duas partidas de 90 minutos cada é uma eternidade. Mas a passagem de Adilson Batista por São Januário até agora é boa para os dois lados: clube e treinador. De carreira meteórica e rápida queda após a derrota na final da Libertadores de 2009, pelo Cruzeiro, o técnico conseguiu reanimar um grupo que parecia fadado ao rebaixamento sem muito poder de reação. Nas cinco partidas com o quarto técnico do Vasco no ano, Adilson obteve duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota – para o Grêmio, em Porto Alegre.

Mas não é só o aproveitamento superior a 53% do técnico – melhor do que o Paulo Autuori e Dorival Júnior – que revigora os vascaínos nessa reta final de Brasileiro. Faltando ainda Náutico, neste domingo, e Atlético-PR, na última e derradeira rodada, o treinador agradou aos atletas no dia a dia com treinos um pouco mais complicados, mas por isso mais diferentes e originais.

Na semana passada, o técnico separou dois grupos com oito de cada lado e os jogadores tinham como objetivo derrubar cones. A contagem de ‘gols’ era feita pelo próprio Adilson. Em outro treino, nesta manhã de quarta-feira, o treinador pedia uma troca intensa de passes pelas laterais. Ele ‘pontilhou’ as alas do campo com pequenos discos e os jogadores só podiam iniciar as jogadas pela beirada do gramado. O cabeça de área Abuda, sempre bastante cobrado por Adilson, aprovou o jeito de trabalhar do treinador do Vasco.

– No começo é um pouco difícil, porque é a primeira vez que a gente faz esses trabalhos. Mas todos estão se dedicando e grupo está crescendo. Acho que era isso que faltava para a gente, alguém ensinando sobre posse de bola, sobre ultrapassagem e ensinando posicionamento tático – disse Abuda, que vê o Vasco evoluindo principalmente taticamente com o treinador.

Adepto do uso de vídeos, o técnico aponta não só as qualidades e defeitos de adversários e do próprio Vasco, como também conta com detalhes o perfil e as características dos árbitros de cada partida do time. Assim, os jogadores entram em campo sabendo se um juiz é mais caseiro, se apita mais falta, se deixa o jogo correr, se distribui muitos cartões. Com a ajuda do analista de desempenho Gustavo Nicoline, que tem o assistente Raphael Corrêa, o técnico oferece o maior número de informações para os jogadores chegarem a campo preparados para lidar com os rivais e ainda evitarem serem surpreendidos pelos homens do apito.

Nem Adilson e nem o Vasco ainda comentam abertamente sobre uma continuidade do treinador para 2014. Tudo depende dos últimos dois jogos. Mas a participação intensa do técnico, opinando em reuniões prévias de planejamento, aponta para uma renovação do vínculo do treinador em São Januário. Um destino que vai passar pelo campo e pelos próximos 180 minutos de vida do Vasco e de Adilson Batista.



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