Política

Política x Cristianismo: vereadores de João Pessoa divergem sobre criação de núcleo evangélico no PT


22/07/2021

Eliza Virginia x Marcos Henriques divergem sobre o cristianismo e a política (Foto: Reprodução / CMJP)

Por Redação / Portal WSCOM



Os vereadores de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP) e Marcos Henriques (PT), apresentaram pontos de vista divergentes nesta quinta-feira (22) sobre o anúncio da criação do núcleo evangélico pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Evangélica fervorosa, a parlamentar progressista classificou a medida como eleitoreira. Já o petista, que é cristão, condenou a ‘hipocrisia’ de alguns que tentam promover uma ‘guerra santa’ na política.

Em entrevista à Rádio Arapuan FM, Eliza Virginia, afirmou que a criação do núcleo evangélico do PT é a antecipação da busca pelo voto dos cristãos que políticos de esquerda costumam fazer sempre na véspera de cada eleição.

“Está chegando as eleições do ano que vem, e eles já estão se antecipando. Os políticos de quatro em quatro anos sempre vão as igrejas, mas agora eles estão querendo aproximar o PT da Igreja Evangélica, dos cristãos católicos. Quem disse que vamos nos enganar com partidos que querem aprovar o aborto, que querem a ideologia de gênero, que querem liberar a maconha? Não dá. A gente não pode compactuar com partidos que pregam contra princípios morais e princípios bíblicos”, frisou a vereadora.

E Eliza complementou: “Esqueçam isso, vão colocar suas ideologias onde vocês quiserem, mas dentro da igreja não dá. Cristão que é cristão não é comunista, cristão que é cristão não é socialista, cristão que é cristão não é petista ou psolista. Esqueçam!”

HIPOCRISIA

Já o vereador Marcos Henriques, que é evangélico da Igreja Batista e encarregado de coordenar o núcleo evangélico do PT na Paraíba, disse que a condenação à medida é típica de “pessoas hipócritas” que usam a política para se locupletarem. Ele condenou o que chamou de “guerra santa” que alguns políticos promovem junto aos cristãos para esconder a ausência de propostas e políticas públicas.

“Cristão é quem acredita em Jesus Cristo, é quem segue aquilo que Cristo nos deixou. Cristo nos deixou um legado em favor dos oprimidos, contra os opressores. Cristo nos deixou um legado de paz e de solidariedade. Cristo nos ensina a dar a outra face, Cristo jamais defenderia o armamentismo, Cristo morreu torturado. Às vezes penso nas pessoas que defendem o governo atual [de Jair Bolsonaro], que defende a tortura, o armamentismo, que vai para as redes sociais de maneira hipócrita, com ódio, desmerecendo as outras pessoas, ninguém nunca vai me ver fazendo isso”, disse.

“Na verdade, essa guerra santa é causada por um conjunto de pessoas hipócritas que tentam tirar do foco as verdadeiras necessidades políticas do país. Quando as pessoas não tem propostas, começam a querer enganar os cristãos através de uma política identitária, onde na verdade ela é eivada de hipocrisia, de pessoas que usam isso para enganar os cristãos atribuindo à esquerda políticas mentirosas que são proporcionadas pela falta de políticas inclusivas”, concluiu.



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