{arquivo}Dois torcedores identificados como autores de ameaças de morte ao árbitro Rodrigo Castanheira já foram interrogados por policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). Ambos declararam que não tinham a intenção de efetivamente fazer nada contra o auxiliar — que despertara a ira dos vascaínos por não ter visto um gol do time no clássico contra o Flamengo, no último dia 16.

– Os dois compareceram à delegacia para prestar esclarecimentos e se disseram arrependidos pelo que escreveram na internet – contou o delegado Alessandro Thiers, responsável pelo caso: – Segundo eles, não era intenção fazer qualquer ameaça ao árbitro. Eles afirmaram que estavam em casa, assistiram à partida pela televisão, e escreveram o que escreveram como forma de desabafo.

A DRCI ainda aguarda que se apresentem os outros dois autores de ameaças que foram identificados. De acordo com Alessandro Thiers, depois que todos os depoimentos forem recolhidos, eles serão encaminhados para a Justiça, que julgará os torcedores e determinará a pena para cada um deles.

Enquanto isso, Rodrigo Castanheira e sua família aos poucos retomam a rotina normal, passadas quase duas semanas do episódio. Ao lado da mulher e dos dois filhos, ele já voltou a dormir na própria casa, depois de período na residência de parentes por medo das ameaças.

– Ainda evitamos sair muito, para nos preservar – disse a mulher do árbitro.

A tendência é que Castanheira retorne ao trabalho como auxiliar no Campeonato Carioca da Série B, a partir do próximo dia 13, depois de concluir os exames médicos solicitados pelo presidente da Federação de Futebol do Rio, Rubens Lopes.