Brasil

Polícia Federal indicia Bolsonaro pela venda ilegal de joias e falsificação de cartões de vacinação

Polícia Federal também indiciou Fabio Wajngarten, Frederick Wassef e Mauro Cid.


04/07/2024

Ex-presidente Jair Bolsonaro deixa sede da Polícia Federal em Brasília em 18/10/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Brasil 247

A Polícia Federal (PF) formalizará o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em dois inquéritos: a venda ilegal de joias recebidas como presente durante seu mandato e a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19. O pedido foi finalizado e será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) “nos próximos dias”, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles.

Além de Bolsonaro, a PF também recomendou o indiciamento de aliados e assessores próximos a ele. Entre os nomes destacados estão os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O primeiro inquérito refere-se à venda de joias recebidas por Bolsonaro durante visitas oficiais ao exterior. Estes presentes, de valor elevado, foram vendidos ilegalmente, violando as normas que regem os presentes recebidos por autoridades públicas. Documentos e depoimentos coletados pela PF indicam que as joias, ao invés de serem entregues ao acervo da Presidência, foram desviadas para o acervo pessoal e, posteriormente, comercializadas de forma clandestina.

O segundo inquérito foca na falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19. Bolsonaro, que durante seu mandato fez ataques contra as vacinas, teria facilitado ou participado da produção e uso de cartões de vacinação falsos, com o objetivo de driblar as exigências sanitárias impostas tanto em território nacional quanto internacional.

A PF, por outro lado, tomou a decisão de não solicitar a prisão preventiva de Bolsonaro e dos demais envolvidos.



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