Entre o material apreendido nas sedes das facções uniformizadas da torcida do Corinthians (Gaviões da Fiel, Camisa 12 e Pavilhão 9), a polícia encontrou cinco rojões, dos quais quatro modificados para ampliar o efeito lesivo, segundo a delegada Margarete Barreto, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que também investiga a invasão ao centro de treinamento do Corinthians, no dia 1º de fevereiro.

A apreensão confirma o grau de periculosidade das torcidas, na análise da polícia, e a tese do Ministério Público, que acusam membros das facções pelos crimes de formação de quadrilha, dano ao patrimônio e agressão física.

– A investigação é rigorosa. Esperamos que o judiciário olhe com rigor nossa atitude. Estamos empenhados para que os responsáveis sejam punidos rigorosamente – disse a delegada do DHPP Margarete Barreto.

Também foram apreendidos pequenas porções de maconha e R$ 18 mil – uma parte em dólar. O advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral, que compareceu ao DHPP na manhã desta quinta-feira para defender os dez que foram levados para a delegacia, alega que parte do dinheiro foi enviada pela sub-sede da Gaviões no Japão e e outra se refere a ingressos vendidos na quadra da torcida.

– Na quadra da Gaviões foram capturados alguns dólares, que vieram da sub-sede no Japão e também uns R$ 2 mil de dinheiro de ingresso. Além de computadores e cheques. Os membros trazidos para averiguação foram o tesoureiro e uma senhora que cuida das caravanas da torcida – disse Cabral ao portal G1, que não falou sobre os rojões.

A investigação, de acordo com a diretora do DHPP, Elisabete Sato, ainda não terminou. São 90 funcionários da Polícia Civil, entre delegados e policiais, envolvidos na operação “Holligans”, que investiga as facções a partir de petição do presidente do Corinthians, Mário Gobbi Filho, depois da invasão ao CT Joaquim Grava.