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PE: tumulto em presídio deixa um morto e quatro feridos

Confusão


31/01/2015

 Amanhã começou com tumulto e uma morte dentro dos muros do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, que faz parte do Complexo prisional do Curado, na zona oeste do Recife. Um dia após duas bombas serem encontradas e desativadas no local, os detentos começaram uma confusão na manhã de hoje por conta da demora na entrada das visitas, o que resultou em uma morte e quatro feridos. Com a confusão, os presos tentaram uma fuga em massa, mas a situação foi controlada, segundo o vice-presidente do Sundicato dos Agentes Penitenciários.

Revoltados com a demora na entrada dos parentes, os presos começaram a atirar pedras contra os agentes que fazem parte da guarda interna e são responsáveis pela revista das visitas. Os agentes revidaram com gás de pimenta. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado. Os presidiários feridos foram levados para o Hospital Otávio de Freitas, próximo ao Presídio. Um dos detentos, David Bezerra dos Santos, de 20 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu.

"Nós tivemos um movimento causado pela demora na entrada dos familiares. Infelizmente, nós tivemos um óbito e quatro feridos, sendo dois atendidos na nossa enfermaria e dois que seguiram para o Otávio de Freitas. Está sendo feito o levantamento no hospital sobre a causa da morte, mas deve ter sido durante a contenção", disse o secretário de Ressocialização Eden Vespaziano.

Os agentes penitenciários informaram que estão pondo em prática a Operação 100% legal. Isto significa que eles estão cumprindo à risca as regras para revista de parentes conforme manda a legislação. Isso impede a entrada de alimentos levados pelos familiares aos detentos.

A Operação 100% Legal foi implantada depois de uma assembléia realizada na noite da última quinta-feira (29), pelo Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE). Segundo eles, a operação deve prosseguir neste domingo.

A revolta acontece acontece pouco mais de uma semana depois que uma rebelião que durou três dias deixou três mortos e vários feridos no Complexo Prisional do Curado. O Batalhão de Choque permanece dentro dos muros do presídio.

 



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