Saúde

Paraíba deve vacinar 252 mil crianças contra a pólio

DIA D DE MOBILIZAÇÃ


07/06/2013



Campanha de vacinação contra a paralisia infantil começa neste sábado (8) em todo o Brasil. Ao todo, 115 mil postos estarão abertos em todo o país para a vacinação.

O início da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite será neste sábado (8), com o Dia D de Mobilização em todo o país. Na Paraíba, a meta é vacinar 95% de 265.521 crianças de 6 meses a menores de 5 anos, o que corresponde a 252.244 crianças. A campanha se estende até o dia 21 de junho e é realizada em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde. O Zé Gotinha, mascote da campanha, vai estar presente em postos para lembrar aos pais a importância da vacinação.

Ao todo, 115 mil postos de vacinação estarão em funcionamento neste sábado. Além das unidades permanentes, postos móveis estarão instalados neste dia D em shopping centers, rodoviárias e escolas, entre outros locais. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha em todo o Brasil, com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais. A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 12,2 milhões de crianças no país no decorrer da campanha.

O Ministério da Saúde está investindo R$ 32,3 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os estados e municípios, sendo destinados R$ 13,7 milhões à aquisição de 19,4 milhões de doses da vacina oral. Ao estado da Paraíba, foram repassadas 398.290 doses da vacina para atender à população alvo.

ENTENDA A CAMPANHA – Em 2012, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças no Brasil, o que representou 99% do público alvo. Desde 2012, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, todas as crianças até cinco anos incompletos participavam da campanha.

Já neste ano, o público alvo a ser vacinado na campanha é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. É importante reforçar que os pais não esqueçam de levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro abaixo).

Calendário básico de vacinação

Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite

Idade

Qual a vacina

2 meses

Vacina inativada poliomielite – VIP (injetável)

4 meses

VIP

6 meses

Vacina oral poliomielite (atenuada) – VOP (oral)

15 meses

VOP (reforço)

VACINA ORAL – Vale lembrar que não existe tratamento para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.

A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos – como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina –, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.

CASOS – O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite.

De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.

 



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