Internacional

Panamá pede ajuda da ONU com armas de navio

Segurança


17/07/2013



 As autoridades panamenhas pediram aos especialistas da ONU que inspecionem as armas cubanas encontradas a bordo de um navio de bandeira norte-coreana retido no Canal Panamá. A tripulação da embarcação será acusada de crimes contra a segurança interna do Panamá, disseram autoridades.

Segundo o ministro da Segurança do Panamá, José Raúl Mulino, o país espera entregar o navio e sua carga à ONU, destacando que as autoridades panamenhas tinham descoberto mais dois contêiners com armas suspeitas, além dos dois confiscados inicialmente.

O cargueiro foi capturado na semana passada depois que uma "carga militar não declarada" foi encontrada escondida em contêineres de açúcar mascavo. As autoridades panamenhas prenderam a tripulação na segunda, depois de encontrarem a bordo objetos na forma de mísseis que não haviam sido declarados.

Cuba afirmou na noite de terça que o navio foi carregado em um de seus portos com 10 mil toneladas de açúcar e 240 toneladas de " armamento defensivo obsoleto ", de acordo com comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Cuba.

Segundo o governo cubano, as armas estavam sendo levadas de volta à Coreia do Norte para reparos e incluem duas baterias de mísseis antiaéreos, nove foguetes desmontados, dois jatos de combate MiG-21 e 15 motores de MiG-21 — todos equipamentos militares da era soviética, construídos em meados do século passado.

As sanções da ONU proíbem o fornecimento de armas à Coreia do Norte na disputa sobre seu programa nuclear.

O navio chamado Chong Chon Gang deixou o extremo leste da Rússia em 12 de abril e viajou através do Oceano Pacífico antes de entrar no canal no início de junho, com Cuba como seu destino declarado. Ele foi parado perto de Manzanillo no lado do Atlântico do canal na semana passada, mas o Panamá apenas divulgou detalhes da descoberta na terça.

Após 3º teste nuclear: ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte

O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, postou na sua conta no Twitter uma imagem de um grande objeto verde dentro de um contêiner, dizendo que continha um suposto "equipamento de míssil sofisticado".

Ele acrescentou que, mesmo que a carga militar fosse "obsoleta", ainda era "ilegal" carregá-la pelo território de seu país sem notificação prévia.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //