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Orquestra Sinfônica Jovem inicia temporada 2017 com regência de Geraldo Rocha

GERALDO ROCHA REGE


04/04/2017

Com um repertório que inclui músicas eruditas e populares, a Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba inicia a programação de concerto deste ano nesta quinta-feira (6), às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural, em João Pessoa. O 1º Concerto Oficial da Temporada 2017 terá regência do maestro amazonense Geraldo Dias da Rocha, coordenador do Curso de Bacharelado em Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e que também tem vasta experiência como regente na área coral. A entrada é gratuita.

De acordo com o programa definido para este primeiro concerto do ano da OSJPB, a música de abertura será “Sítio do Pica Pau Esotérico”, do brasileiro de Santa Maria (RS), Dimitri Cervo (1963), que começou a se destacar nacionalmente em 1995, quando “Abertura e Toccata” recebeu o 1º prêmio no Concurso de Obras Orquestrais do XV Festival de Londrina e foi executada por cinco orquestras brasileiras. Sua discografia inclui dois CDs individuais, Toronubá e Série Brasil 2010, pelos quais recebeu três Prêmios Açorianos, além de obras registradas em CDs de diversos grupos e artistas. “Sítio do Pica pau Esotérico” foi composta no ano de 1994, em homenagem ao cantor e compositor baiano Gilberto Gil.

Em seguida, os jovens músicos vão executar “Suíte do Ballet The FairyDoll”, de Josef Bayer (1852 – 1913), compositor austríaco de música erudita, que foi diretor do AustrianCourt Ballet de 1883 até 1913, data de sua morte. Embora tenha criado mais de 20 ballets, ele é lembrado por “Die Puppenfee” (The FairyDoll), de 1888. Após um breve intervalo, a orquestra volta com “Interlúdio n. 2”, do compositor russo VasilyKalinnikov (1866-1901), que ficou conhecido por inserir elementos folclóricos em seus trabalhos.

A sinfônica jovem paraibana vai encerrar a primeira apresentação oficial de 2017 com uma música de autoria de Ernest Mahle (1929), compositor e maestro brasileiro nascido na Alemanha, co-fundador, professor e maestro das Orquestras de Câmera e Sinfônica da Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle e membro da Academia Brasileira de Música (cadeira nº 6). “Suíte n. 1 – Sobre canções de Waldemar Henrique”, inclui Meu Boi Vai-se Embora, Adeus, Coco Peneruê, Uirapuru, Boi Bumbá, Valsinha do Marajó e Trem das Alagoas. 

Waldemar Henrique (1905-1995), brasileiro nascido em Belém do Pará, compôs canções, peças para piano solo, coro, orquestra, músicas para novela, teatro e filmes inspiradas no folclore amazônico, indígena, nordestino e nas representações das crenças e dos hábitos das populações afrodescendentes na Amazônia e no Brasil.
Geraldo Rocha (regente convidado)

Natural de Manaus, Amazonas, recebeu seu Bacharelado em Música pela UFPB em 1990 na habilitação flauta transversal. Atualmente é mestrando do Programa de Pós–Graduação em Música pela UFPB, onde desenvolve pesquisas no campo da Educação Musical sobre o ensino da regência na Paraíba. É professor do Departamento de Música da UFPB desde 1993. Na sua carreira como regente, atuou à frente da Orquestra Sinfônica Jovem da UFPB (OSUFPB Jovem) de 1999 a 2014. Sob sua regência, a OSUFPB Jovem realizou concertos em João Pessoa, em cidades da Paraíba e de Estados vizinhos, como Recife e Natal. Em 2013 e 2014, regeu concertos com repertórios temáticos baseados em músicas dos Beatles, de filmes e musicais da Broadway. 

A OSUFPB Jovem vinculava-se aos Projetos de Extensão da UFPB – Probexe Geraldo Rocha teve a oportunidade de ganhar, por três vezes, junto com a equipe da orquestra, o Prêmio Elo Cidadão, destinado aos melhores projetos de extensão da UFPB. Além da regência orquestral, o maestro Geraldo Rocha possui grande experiência na área coral. Iniciou sua carreira como regente coral na Associação Lírica Bel Canto, em 1989, sob a orientação do professor Luís de Oliveira Maia (Silvério), e esteve à frente do coro da Associação até 1993. Ao longo de todos esses anos têm regido diversos coros, a exemplo do Coro de Câmara Villa-Lobos, cujo maestro titular é o professor Carlos Anísio. 

Em 2015, aproveitando o ensejo de seu tratamento, fundou o Coral Laurearte do Hospital de Câncer – Napoleão Laureano, do qual é o regente titular. Em fevereiro de 2017, em Campina Grande, regeu o Grande Coral dos 500 anos da Reforma com mais 550 vozes. É professor das disciplinas de Canto Coral e Regência dos cursos de bacharelado e licenciatura em Música da UFPB. No campo da administração, exerceu os cargos de chefe do Departamento de Música por cinco mandatos e coordenador do curso de bacharelado em Música, também por cinco mandatos. Atualmente, exerce mais uma vez o cargo de coordenador do bacharelado. 



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