Internacional

No aniversário de 4 anos da revolta, 14 manifestantes são mortos no Egito


25/01/2015

O número de mortos em protestos pró-democracia no Egito subiu para 14, no dia em que se relembra a revolta de 2011 que tirou o ditador Hosni Mubarak do poder. O número foi informado pelo porta-voz do Ministerio da Saúde egício, Hosam Abdelgafar, à agência EFE.

Segundo Abdelgafar, outras 45 pessoas ficaram feridas em confrontos entre policiais e manifestantes opositores. Doze das mortes foram registradas na região de Al Matariya, nos arredores do Cairo, uma em na região de Gizé e outra em Alexandria.

Segundo a France Presse, autoridades disseram que um dos manifestantes mortos estava armado e abriu fogo contra a polícia durante uma manifestação na cidade de Alexandria (norte). As forças de segurança, em seguida, responderam, ainda de acordo com as autoridades.

Motivações

Os protestos foram convocados por partidários do ex-presidente islamita Mohamed Morsi, derrubado em um golpe militar em 2013. Eles se opõem ao regime do atual presidente do país, Abdel Fattah al-Sissi, o ex-chefe do Exército e arquiteto da destituição de Morsi.

Eleito em maio com mais de 90% dos votos e o apoio de uma grande parte da opinião pública, o presidente é acusado pelos descontentes de ter introduzido um regime mais autoritário do que Mubarak, suprimindo toda a posição islamita mas também secular.

Uma revolta popular resultou na renúncia, em 2011, do então presidente Hosni Mubarak, na época havia 30 anos no poder.

Em 2012, Mohamed Morsi, membro da Irmandade Muçulmana, foi eleito democraticamente, mas se tornou impopular após suas ações contra o Exército, seu acúmulo de poderes, seu autoritarismo e pela influência política de grupos religiosos no país. Em julho de 2013, novas manifestações populares terminaram com a derrubada de Morsi, em um golpe militar. O governo interino que assumiu o país depois também não durou muito – em 24 de fevereiro de 2014, o gabinete renunciou.

O marechal Abdel Fattah al-Sisi, homem forte do Exército, foi eleito em maio com mais de 90% dos votos e o apoio de uma grande parte da opinião pública.



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