Paraíba

Ney Suassuna rebate denúncia na Operação Calvário: “Não posso ser responsabilizado”


17/01/2020

Imagem: Reprodução

Da Redação / Portal WSCOM



O ex-senador Ney Suassuna publicou um vídeo em que rebate a acusação, em meio à Operação Calvário, de ter recebido uma mesada por intermediar o encontro entre o empresário Daniel Gomes e o ex-governador Ricardo Coutinho. Em vídeo, Ney diz que a delação é inverídica e sem fundamento.

“Paraibanos, quem não deve não teme. Enfrento com coragem as pedras que me jogam hoje, porque são injustas. Tenho como filosofia de vida, que o dragão que corre atrás da gente tem que ser enfrentado, volte e enfrente, que quando você olhar ele, é uma lagartixa”, diz.

A denúncia do Ministério Público da Paraíba aponta que Ney teria recebido uma mesada de R$ 40 mil e mais uma quantia referente à locação de 10 imóveis, por ter intermediado a relação do ex-governador Ricardo Coutinho e Daniel Gomes.

Em seu relato, o político diz  que recebeu um pedido de ajuda de Ricardo Coutinho e que deu o telefone do empresário ao então governador. “Durante um momento de caos no Hospital Humberto Lucena, Hospital de Trauma, o governador me pediu um conselho e eu dei. Procurei ver o que estava acontecendo em outros estados e disse a ele que no estado do Rio tinha um senhor que trabalhava nisso e que eu podia arranjar o telefone para ele. Fiz.”

A ação de Ricardo e de Daniel, no entanto, não pode ser colocada sob sua responsabilidade, diz Ney.

“Agora, vejo meu nome envolvido na Operação Calvário, pelo fato de ter apresentando um empresário, que hoje sei ser um bandido, a um homem que eu achava que lutava pela Paraíba e não para se manter no poder. Não posso ser responsabilizado pelas ligações ilegais que esses dois homens praticaram juntos a partir daí. Nunca tive negócios com Daniel, nem tampouco com as pessoas da sua turma. Ninguém do meu lado relacionou-se a eles participando de qualquer negócio ilícito. Nada. Não fizemos nada que pudesse ser errado”, continuou.

Por fim, ele afirmou que espera a conclusão do processo, que corre em segredo de justiça, para apresentar a sua versão detalhada dos fatos à população paraibana.

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