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MMA feminino ainda patina no Brasil mesmo com fenômeno Ronda

Pink Fight


30/03/2013



 Não há como negar que 2013 entrará para a história do UFC como o ano em que o evento finalmente colocou mulheres para lutar no octógono, ainda mais depois de Dana White ter criticado o MMA feminino por tanto tempo. Mas o Brasil ainda não está acompanhando esse atual momento das mulheres na modalidade.

Mesmo com o “Fenômeno Ronda” que tomou conta do esporte nos Estados Unidos e no mundo depois de Rousey conquistar o cinturão do UFC, o MMA brasileiro ainda patina com as mulheres. Por exemplo: já se passaram três meses de 2013 e os eventos Jungle Fight, Shooto, WOCS ainda não fizeram lutas femininas, apenas o Bitetti Combat fez uma, com vitória de Duda Yankovich.

Os organizadores dos maiores shows de MMA do Brasil foram unânimes para explicar o motivo de não conseguirem surfar a onda de Ronda Rousey. Para eles, o problema é uma pura e simples falta de mão de obra, ainda não há lutadoras de alto nível em número suficiente para casar tantos combates.

“É mais difícil de fazer, porque tem menos mão de obra. Então o pessoal fica com preguiça”, disse Wallid Ismail, organizador do Jungle Fight. “Falando a real, há preguiça de fazer a coisa sair. Como tem muito homem e pouca mulher, é mais difícil mesmo, então o pessoal vai no mais fácil. Mas isso vai mudar.”

Ismail também criou o primeiro evento exclusivamente para mulheres no Brasil, o Pink Fight, que teve duas edições no começo do ano passado, mas faz um ano que está parado. Wallid explicou que a franquia não fechou e pretende fazer pelo menos três no segundo semestre.

“Não posso abandonar algo que eu apoiei tanto. Eu fui o primeiro a convencer uma emissora dos EUA a fazer lutas femininas. O que aconteceu foi que não tive tempo mesmo, fiquei muito focado no Jungle, mas não desisti. Vamos colocar já agora em abril luta feminina no Jungle também. Eu amo combate entre mulheres, não tem luta amarrada.”

Nos Estados Unidos, o UFC entrou de cabeça no MMA feminino. Depois da estreia de Ronda, já são 11 contratadas e a próxima edição do reality show The Ultimate Fighter terá competidores homens e mulheres comandados por Rousey e pela vencedora da luta entre Miesha Tate e Cat ZIngano, que se enfrentam em abril.



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