Futebol

Ministério Público não quer torcidas organizadas na decisão da Copa Nordeste

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17/03/2013



Ministério Público convoca polícias Civil e Militar e recomenda que não haja participação de nenhuma torcida organizada no jogo Campinense X Asa deste domingo.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caocrim) em Campina Grande, promotor de Justiça Bertrand de Araújo Asfora, convocou os órgãos de segurança pública, representantes do Campinense Clube e de torcidas organizadas do Treze Futebol Clube para uma reunião na tarde deste sábado (16), com o intuito de discutir assuntos relacionados à partida Campinense X Asa de Arapiraca, a ser realizada neste domingo (17), no estádio O Amigão.

Estiveram presentes na reunião o promotor Osvaldo Lopes Barbosa; a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor, Adriana Amorim de Lacerda; a promotora de Justiça Plantonista, Carla Simone Gurgel da Silva; o delegado-regional da Polícia Civil, Marcos Paulo dos Anjos Vilela; o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Souza Neto; o diretor do Campinense Clube, Sérgio Murilo de Medeiros; além de Leomar Lima e Jeferson da Silva, representes da Torcida Jovem do Galo (TJG).

No encontro, os promotores do Ministério Público recomendaram que nenhuma torcida organizada poderá assistir à final da Copa Nordeste. A decisão, endossada pelos representantes das polícias Civil e Militar, foi tomada com base em informações repassadas pelo comando do 2º BPM, acerca do clima tenso que se instalou em Campina Grande, após o assassinato do presidente da TJG, Wagner Albuquerque, nessa sexta-feira (15).

De acordo com as investigações policiais, grupos de torcidas rivais estão promovendo provocações mútuas, o que poderá resultar em outras mortes na cidade. Nessa sexta-feira, a Polícia Civil prendeu um integrante de uma torcida do Campinense, enquanto investigava a morte do presidente da TJG. "É bom frisar que ele foi preso por força de um mandado de prisão da comarca de Lucena, e não por causa da morte de Wagner. No entanto, temos informações de que integrantes das duas torcidas podem cometer atos de violência nas próximas horas", explicou Marcos Paulo.

O promotor Bertrand Asfora reforçou o objetivo da reunião e orientou as polícias a agirem com todo o rigor da lei. "A recomendação é para não haver nenhum tipo de torcida organizada no estádio. Nós teremos a final do Campeonato do Nordeste e é importante que seja tão somente um jogo de futebol, e não uma praça de guerra", disse Bertrand.

Polícia Militar – De acordo com o tenente-coronel Souza Neto, a Polícia Militar vai montar pontos estratégicos de segurança dentro e fora do estádio, além de proibir a entrada de torcedores que estejam vestindo camisa do Treze. "A disputa é entre Campinense e Asa de Arapiraca. Não há motivos para alguém aparecer no estádio com camisa de time diferente, especialmente a do Treze. Isso é provocação. Quem fizer isso vai ser barrado", garantiu Souza Neto.

Polícia Civil – A 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, sediada no bairro do Catolé, terá uma equipe exclusiva para registrar as possíveis ocorrências advindas do jogo. "Na verdade, nossos policiais já estão fazendo investigações estratégicas para nos anteciparmos aos acontecimentos. Prendemos dois torcedores do Treze por porte ilegal de arma nas últimas horas e outras prisões podem ser feitas a qualquer momento, caso seja necessário", disse o delegado Marcos Paulo.

Torcedores – Os representantes da TJG disseram na reunião que vão tentar convencer os membros da torcida organizada a não comparecer ao estádio, nem mesmo sem as vestimentas que caracterizam o grupo.



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