Política

MDB libera apoio a Lula em palanques estaduais no Nordeste

Em nota, a legenda afirma que os acordos estaduais devem ser respeitados e que não se trata de “traição”


01/07/2022

WSCOM com Fórum



O MDB abandonou a pré-candidatura à presidência de Simone Tebet (MS) e liberou que líderes do partido, principalmente da região Nordeste, façam campanha e abram o palanque para o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os pré-candidatos a governos estaduais do MDB que já embarcaram na pré-candidatura de Lula estão Veneziano Vital do Rêgo, na Paraíba, e Paulo Dantas, em Alagoas.

O filho do senador Renan Calheiros, Renan Filho, que será candidato ao Senado por Alagoas, é outro nome de peso que já declarou publicamente o seu apoio a Lula.

Em nota encaminhada ao UOL, o Diretório Nacional do MDB afirmou que os diretórios estaduais que optarem pelo apoio ao Lula e ao PT devem ser respeitados.

“O MDB é o partido mais democrático do país e respeita a autonomia dos diretórios estaduais, em especial aqueles constituídos pelo voto nas convenções estaduais.”, diz a nota.

A principal justificativa dos líderes emedebistas do Nordeste em declarar apoio a Lula é baseada na força política do petista na região, localidade onde possui o maior percentual de intenção de votos. Segundo o MDB, no pleito de 2018 a sigla seguiu com o então candidato ao Palácio do Planalto Fernando Haddad, mesmo tendo lançado Henrique Meirelles, que terminou a eleição de 2018 com 1,2% dos votos válidos.

As costuras entre o MDB e a chapa de Lula se dão, inclusive, no Maranhão, onde o clã Sarney deve apoiar o candidato de Flavio Dino (PSB) à reeleição para o governo estadual. Dino, inclusive, irá compor a chapa na disputa por uma vaga no Senado.

No Rio Grande do Norte, MDB e PT também devem estar juntos. A sigla de Renan Calheiros deve indicar o vice para compor a chapa da governadora Fátima Bezerra (PT), que busca a reeleição.

O MDB afirma que o partido e o PT são aliados históricos no Nordeste e que, no pleito de 2018, a sigla seguiu com o então candidato ao Palácio do Planalto Fernando Haddad, mesmo tendo lançado Henrique Meirelles, que terminou a eleição de 2018 com 1,2% dos votos válidos.

A pré-candidata Simone Tebet (MDB-MS) tem tido dificuldades para firmar alianças. Atualmente, a senadora segue em conversas com o PSDB para que este indique o vice. No entanto, a parlamentar deve enfrentar ainda mais dificuldades, principalmente agora, que saiu dos 2% para 1% na intenção de votos.



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