Futebol

Marcelo diz “ser mais forte” que o racismo após gritos de torcida rival

Rivais


07/02/2014

 Nesta quarta-feira, o lateral brasileiro Marcelo, ao lado do seu filho Enzo, de 4 anos, foi alvo de racismo após o clássico madrilenho entre Real e Atlético, pela Copa do Rei. Horas depois do ocorrido, ele foi ao Twitter para agradecer as inúmeras mensagens de apoio e afirmou: "Isso jamais afetará a mim ou a minha família".

Enquanto Marcelo fazia o aquecimento, poucos torcedores do Atlético de Madri que ainda estavam no estádio gritavam: "Marcelo é um macaco", como é possível perceber no vídeo acima. Pouco depois, seu filho apareceu e também foi insultado: "O Marcelo não é seu pai", diziam.

Revoltados com a atitude racista de parte da torcida do Atlético, muitos admiradores de Marcelo utilizaram as redes sociais para mandar mensagens ao lateral da seleção brasileira. Ele agradeceu ao apoio e lembrou que esse tipo de comportamento é mais comum do que se imagina.

"Eu gostaria de agradecer a todos vocês pelo suporte de hoje. Apesar de não ser a primeira vez que isso acontece, posso garantir que somos mais fortes que qualquer tipo de preconceito", escreveu Marcelo.

No final de 2013, Marcelo já havia sido alvo de ofensas racistas por parte de torcedores do Valencia, enquanto ele fazia aquecimento para jogo do Campeonato Espanhol. Na ocasião, ele também foi chamado de ‘macaco’.

Outros brasileiros também já sofreram o mesmo tipo de problema na Espanha. No começo de 2013, o lateral Daniel Alves, do Barcelona, disse que é comum jogadores serem alvo de ofensas racistas no país e que essa "é uma guerra perdida". A declaração aconteceu após ele afirmar ter sido xingado por torcedores do Real Madrid em jogo da Copa do Rei. Em 2011, ele também disse que foi chamado de ‘macaco’.

Nesta quarta-feira, o Real Madrid venceu o clássico por 3 a 0, em jogo válido pela ida da semifinal da Copa do Rei. Dentro de campo, o clima também ficou tenso e a partida foi marcada por várias confusões e entradas duras. O Real, entretanto, vai para o jogo de volta podendo perder por até dois gols de diferença para ir à final.



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