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Lyoto Machida: ‘Levei um susto com a notícia, fui pego de surpresa em casa’

UFC173


28/02/2014



Um susto. Foi assim que Lyoto Machida definiu o que sentiu quando foi informado que substituiria Vitor Belfort no evento principal do UFC 173, dia 24 de maio em Las Vegas. A luta contra Chris Weidman, que valerá o cinturão dos pesos-médios do UFC, chegou antes dos planos de Lyoto, que mesmo assim garantiu, em entrevista por telefone ao COMBATE.COM, que estará pronto para o duelo.

– Na verdade, foi surpreendente a notícia de que eu lutaria pelo cinturão no lugar do Vitor. Saber de tudo isso de repente foi um susto. Mas é sempre bom poder lutar pelo cinturão, ainda mais após somente duas lutas na categoria. Estava em casa, e o Ed (Soares, seu empresário) me ligou dizendo que tinha uma boa notícia. Estou de férias após a luta contra o Mousasi, mas já vou volto a treinar. Eu queria lutar no fim de maio ou em junho, esse era o plano para me manter sempre em atividade. Mas faltam ainda cerca de 12 semanas para a luta, tempo suficiente para me preparar.

Lyoto confirmou também que o pé esquerdo lesionado contra Gegard Mousasi, em Jaraguá do Sul, está praticamente curado.

– Fomos ao doutor Márcio Tannure para fazer os exames, e ele diminuiu a suspensão de seis meses para apenas um mês. Não havia fratura no local, apenas um inchaço grande que me dificultava andar. Já estamos na fase final de tratamento, e estou quase 100%. Não vai haver problema algum.

Perguntado sobre o que achava da proibição total do TRT feita pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC), Lyoto disse que cada caso deve ser avaliado individualmente.

– Eu sou um atleta, então é difícil falar. Mas existem casos e casos. Não é todo mundo que pode tirar proveito disso, mas se for provado que há uma deficiência natural do corpo, acho que não se pode impedir um cara de lutar. É duro, mas tem que ver o que é legal e o que não é legal. Se a NSAC permitiu que tudo acontecesse como vinha acontecendo até agora, estava tudo dentro da lei. Como agora é ilegal, acabou. Não pode mais, e temos que seguir o que é legal e correto, sempre dentro das leis.

A declaração de Vitor Belfort de que o UFC o teria oferecido a luta contra o próximo campeão dos médios não chegou até Lyoto Machida.

– Nada foi falado sobre o Vitor Belfort, mas eu prefiro fazer uma coisa de cada vez. Não falei com o Vitor, não tenho muito contato com ele. Tenho muito respeito por ele, mas não temos esse contato assim tão próximo.

O brasileiro também reafirmou que Weidman tem brechas em seu jogo em pé, mas preferiu não citá-las. Para Lyoto, a luta contra o campeão deverá ser muito intuitiva.

– Todo mundo tem uma brecha, seja em pé e no chão. Vou tentar achar essa brecha dele. É difícil falar agora qual seria. Para mim, a luta tem que ser mais intuitiva do que pensada. Temos que ver o que acontece na hora do combate e executar o que foi treinado.

A possibilidade de ser o terceiro lutador na história do UFC a deter cinturões em duas categorias diferentes – ele é ex-campeão dos meio-pesados – também mexe com Lyoto.

– É sempre uma motivação, mais do que uma pressão. Conquistas e recordes sempre motivam. Mas tudo tem que ser visto como consequência da luta. Depois dela você festeja e comemora. Agora é hora de pensar em treinar e me preparar bastante para a disputa do cinturão.



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