Política

Lula admite união com Alckmin e afasta ameaças de Bolsonaro à democracia: “Calminho, pode sair pelos fundos como Figueiredo”


19/01/2022

Portal WSCOM com 247

 O ex-presidente Lula (PT), em entrevista coletiva à mídia independente nesta quarta-feira (19) em um hotel de São Paulo, falou sobre sua possível aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido). O ex-tucano é cotado para ser o candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo petista.

“Só não temos falado do assunto o Alckmin e eu. Você vê todo mundo dar palpite, mas não vê uma fala minha e do Alckmin. Por uma razão simples: ele saiu do PSDB e não definiu para onde ele vai. E eu não defini se sou candidato. Então não pode ter candidato nem vice”, disse.

Lula sinalizou, em seguida, que pode sim se unir ao ex-tucano em nome da governabilidade de seu eventual terceiro mandato. “Não sou candidato para ser protagonista, sou candidato para ganhar as eleições, e num momento em que o Brasil está infinitamente pior do que em 2003, quando tomei posse. Ganhar as eleições é mais fácil que governar, e governar significa que você tem que adquirir uma possibilidade muito grande de conversar com as pessoas. Por isso precisamos fazer alianças”, declarou.

O petista pediu para que as divergências fiquem de lado neste momento. “Temos divergências? Temos. Por isso pertencemos a partidos diferentes. Temos visões de mundo diferentes, mas isso não impede que se construa a possibilidade das divergências serem colocadas em um canto e você colocar as convergências em um outro canto para poder governar. Não terei nenhum problema se tiver que fazer uma chapa com o Alckmin para ganhar as eleições e poder governar esse país”.

Ameaças de Bolsonaro à democracia

Lula  disse que quer ser o candidato de um movimento para reestabelecer a democracia no Brasil e afastou qualquer possibilidade de golpe de Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que não adiante Bolsonaro esbravejar, pois terá que deixar o governo, caso perca as eleições.

“Esse negócio dele ficar bravo, dizer que não sabe se vai entregar, não sabe se vai aceitar. Não! Ele, calminho, pode até sair pela porta dos fundos como fez Figueiredo, mas quem ganhar vai tomar posse e presidir esse país”, disse, citando o último presidente da Ditadura, general João Figueiredo.



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