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Justiça determina que 80% dos ônibus circulem no Rio

Greve


01/03/2013

 A desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), decidiu em liminar, na tarde desta sexta-feira (1º), que 80% da frota das companhias de ônibus, que entraram em greve nesta madrugada, deve voltar a circular. O não cumprimento da determinação judicial acarreta multa diária de R$ 200 mil ao sindicato dos trabalhadores rodoviários, além do crime de desobediência.

Segundo a decisão, a desembargadora reconhece o direito de greve da categoria, mas argumenta que os ônibus devem atender a população para evitar mais uma tarde de caos, na volta para casa dos trabalhadores.
“A fim de se evitar a perturbação de danos irreparáveis à população dessa cidade e a implantação do caos, (…. ) defiro o pedido de liminar sucessivo”, escreveu Rosana Salim na sentença.

Segundo o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, a paralisação continuará por tempo indeterminado. Às 18h desta segunda-feira (4), será realizada uma nova assembleia. A decisão foi anunciada após reunião realizada ao meio-dia desta sexta.

Os rodoviários reivindicam 15% de aumento, contra os 8% oferecidos pelas empresas.

Suspensão de aulas

As aulas de 106 escolas e creches do município do Rio foram suspensas nesta sexta devido à greve dos rodoviários. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, alunos e professores, principalmente da Zona Oeste, não conseguiram chegar às unidades por causa da escassez de ônibus. Além deste número, 15 unidades de ensino estão funcionando parcialmente.

Ônibus apedrejados

Sessenta ônibus das empresas Pégaso e Jabour, alimentadores do BRT Transoeste, foram apedrejados por grevistas pela manhã, quando deixavam as garagens localizadas em Santa Cruz e Campo Grande, respectivamente, na Zona Oeste.

Os trabalhadores reinvindicam aumento salarial, fim do banco de horas extras, jornada de trabalho de seis horas e término da dupla função, quando o motorista faz também o trabalho de cobrador. A Rio Ônibus, que reúne as empresas rodoviárias municipais da cidade do Rio de Janeiro, entrou com uma ação na Justiça solicitando que a greve seja declarada ilegal e, por isso, suspensa.



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