Paraíba

Jogo de empurra: Sindipetro culpa Petrobras e cobra classe politica

por desabastecimento


06/01/2016

{arquivo}E o jogo de empurra-empurra com relação de quem é a culpa pelo desabastecimento de combustíveis enfrentado pela Paraíba continua. Enquanto a Petrobras, Transpetro e o próprioo Porto de Cabedelo negam falta de combustíveis no Estado e que o problema seria causado pelas distribuidoras, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (SINDIPETRO-PB), voltou a culpar as estatais pelo problema.

O presidente do SINDIPETRO-PB, Omar Hamad Filho, também cobrou da classe política e demais setores da sociedade uma ampla mobilização em defesa da manutenção das atividades de cabotagem e distribuição no Porto Cabedelo.

“A centralização dessas atividades no Porto de Suape, em Pernambuco, resultaria num prejuízo de aproximadamente R$ 6 bilhões por ano, sem contar nos inúmeros transtornos aos empresários do setor e consumidores paraibanos”, revelou.

O governador Ricardo Coutinho (PSB) e o governo do estado entraram na briga pela manutenção do terminal da Transpetro no Porto de Cabedelo. Ricardo chegou a ligar para o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para afirmar que não iria aceitar a retirada da cabotagem do porto paraibano.

Omar Hamad Filho rebateu nota da Petrobras que relata normalidade na distribuição de combustíveis no estado e disse está impressionado com o nível de incompetência da empresa. “A Petrobras falta com a verdade ao desconhecer o caos criado por ela mesmo, e ainda desrespeita a Paraíba e seu povo”, disparou ao acrescentar que os postos ainda estão enfrentando problemas no abastecimento a partir dos terminais da Petrobras.

De acordo com o presidente do Sindipetro, a concentração das atividades de cabotagem e distribuição de combustíveis no Porto de Suape, em Pernambuco, traria abalos econômicos pulverizados na economia e também ao bolso do paraibano, já que repercutiriam no aumento dos preços e da própria inflação local, passando pela elevação dos custos das empresas de transporte da Paraíba, perdas nos tributos municipais (ISS) e estaduais (ICMS) e queda estimada de até R$ 6 bilhões por ano na movimentação econômica do Porto de Cabedelo, com o fim de seus terminais de combustíveis. “Além disso, perderíamos cerca de 500 empregos diretos e outros 1,5 mil indiretos, pelo menos”, contou.



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