FORA TEMER! DIRETAS-JÁ JÁ!

A crise acelera o ritmo da ação. Os minutos valem dias e os dias valem por anos.

Estamos diante da maior crise crise institucional do Estado brasileiro em nossa geração. Talvez uma analogia histórica (somente uma analogia) que nos faça pensar saídas para a crise seja a campanha da legalidade de 1961 (Jango assumiu o poder, mas de forma mitigada, com o congresso votando às pressas uma solução ad hoc de regime parlamentarista). Não há saídas prontas de antemão, a dinâmica da crise é totalmente política e em construção, a depender a correlação de forças acumuladas pelos principais atores intervenientes.

Qualquer saída da crise que passe pela letra fria da constituição – o presidente da câmara (Rodrigo Maia, incrível não!?) assume por 30 dias, e em seguida eleições indiretas – será conservadora, para dizer o mínimo. Soluções tiradas da cartola, ao estilo de Nelson Jobim como “solução de consenso” devem ser rejeitadas liminarmente. O sistema político brasileiro entrou de vez na UTI. Nunca mais será o mesmo (se for).

Para as forças populares e democráticas a única alternativa é sair imediatamente às ruas em protesto, clamando por FORA TEMER e ELEIÇÕES DIRETAS-JÁ. Eleição indireta no congresso significa a vitória da saída conservadora. A nossa ventura é que, sem dúvida, as diretas são a única consigna capaz de agregar milhões de brasileiros. Indiretas pelo colégio eleitoral significaria anticlímax e decepção, como quase sempre são as soluções conservadoras e pelo alto, de que é pródiga a história de nosso país.