Economia & Negócios

Indústrias de calçados de Campina Grande atuarão em rede internacional

Mudança


02/09/2013



Durante o lançamento da Rede de Serviços Tecnológicos (RST) em Campina Grande, nesta sexta-feira (30), as palavras mais usadas foram inovação, competitividade e tecnologia. Na primeira etapa, 25 micros e pequenas empresas farão parte da RST. Mas, no lançamento, mais de 70 empresários e entidades apoiadoras estiveram presentes. Com esses conceitos, cada vez mais, a cadeia produtiva dos calçados vai se solidificar e concorrer internacionalmente, segundo o Sebrae.

Na solenidade, foi apresentado o projeto, que está na segunda fase em cinco estados brasileiros. Além da classe empresarial, o poder público e os parceiros da iniciativa estavam presentes. A primeira observação do diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, que apresentou a Rede para a Paraíba foi em relação a integração na cadeia produtiva.

“Grandes empresas conectadas de forma global têm seus sistemas que conseguem avançar, se manter no marcado. Quando elas não se unem, muitos fecham as portas. Como se unir num mercado em evolução constante? Quando falamos de competitividade, falamos desses novos conceitos”, disse.

Para ele, a empresa necessita e depende, por exemplo, de pesquisa, de conhecimento. “A UFCG é considerada a terceira melhor do Brasil, com três mil professores. Uma cidade como Campina Grande, com cerca de 400 mil habitantes, possuir esta universidade, é estar preparada no suporte à pesquisa e desenvolvimento territorial”, falou.

A Rede agrega os parceiros internacionais e isso exigirá dos empresários um esforço. “A indústria italiana, que será nosso grande exemplo a seguir, é competitiva. Há uma história de união na cidade no setor calçadista. Vamos identificar gargalos, dificuldades e com recursos, partir para ações e alcançar um patamar de competitividade”, concluiu.

Extensão – O projeto inicia por Campina Grande, segundo Carlos Alberto, mas a ideia é estender o sistema para todo estado. O presidente da Faepa/Senar e do Conselho Deliberativo do Sebrae Paraíba, Mário Borba, defendeu João Pessoa como a próxima cidade do Estado. “Esse é o momento de uma grande parceria, com todas as instituições da cadeia produtiva. Momento oportuno de se unir tecnologia, inovação e competitividade”, disse.

Já o diretor executivo do Sebrae Paraíba, Luís Alberto Amorim, falou sobre o avanço nos mercados com a instalação da RST. “Quem mais competente avança mais. Tudo o que aprendemos sobre isso se soma neste momento. Esperamos construir um futuro melhor para todos. É mais um patamar para que possamos não só competir melhor no cenário nacional, mas também no internacional”, pontuou.

Outro representante do Sebrae Nacional, Emílio Beltrami, relembrou o Promos, um projeto que trouxe o sistema de Arranjo Produtivo Local (APL) ao Brasil. O diretor geral do Centro italiano que difundiu a tecnologia da RST no Brasil, a Cosmob, Alessio Gnaccarini, apresentou o cenário europeu dos calçados. Gricélia Pinheiro, diretora do Senai, mostrou o cenário dos calçados da Paraíba. A consultora do Sebrae Paraíba, Maria Amélia, apresentou as Agentes Locais de Inovação (ALI) que atuarão com os empresários na Rede.



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