Política

Hugo Motta pede a exumação do ex-deputado José Janene, morto em 2010

"Tá vivo?!"


20/05/2015

O presidente da CPI da Petrobras na Câmara, o paraibano Hugo Motta (PMDB), anunciou nesta quarta-feira (20) que vai pedir, por meio de um requerimento, a exumação do corpo do ex-deputado José Janene (PP-PR). O parlamentar disse ter recebido informações de que a viúva do ex-deputado, Stael Janene, desconfia de que ele esteja vivo.

Janene, cuja morte foi anunciada em 2010 após problemas cardíacos, é citado no escândalo da Lava Jato por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef e foi denunciado no processo do mensalão. Hugo Motta, que é médico, afirma que o caixão de Janene chegou lacrado ao Paraná após a confirmação da morte no Incor, em São Paulo.

“Se é verdade ou não, eu não sei. Mas eu acho que tem de ser esclarecido. Se a viúva não tem certeza que ele morreu, como a CPI vai ter?”, questionou o peemedebista. “Ninguém viu ele morto. É uma coisa muito estranha. Chegando essa informação até mim e eu não agindo, estarei sendo negligente”, acrescentou o deputado.

A ideia inicial de Hugo Motta era pedir a exumação por meio de um ato da presidência da CPI, sem ter que submeter à votação dos colegas. As noticias do procedimento dividiram os deputados da CPI e o peemedebista resolveu apresentar um requerimento e submeter à apreciação da CPI.

"Eu, pessoalmente, irei formular o pedido de exumação, porque eu entendo como necessário. Se vai ser feito ou não, quem vai decidir é a CPI", disse.

Motta quer compor uma comissão de deputados para ir até o Paraná, colher amostras de DNA de familiares e confirmar a morte. Alguns deputados defendem a convocação de Stael Janene para que ela confirme as declarações citadas como base para o pedido de exumação.

Ex-líder do PP na Câmara dos Deputados, Janene foi um dos pivôs do escândalo do mensalão por receber R$ 4,1 milhões do valerioduto. Ele foi absolvido na Câmara do processo por quebra de decoro parlamentar. O ex-deputado do PP também é citado por ter supostamente recebido dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras, por meio de Alberto Youssef.



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